Mulheres enfrentam dificuldades para driblar suas funções de cidadã, eleitora com a de mãe. A equipe do jornal O Estado constatou que diversas mães estavam acompanhadas de suas crianças, em entrevista elas alegam que por falta de rede de apoio a alternativa é levar junto nesse momento. A Justiça Eleitoral não proíbe a presença de crianças no ambiente, apenas orienta alguns cuidados, como não deixar a criança apertar os botões na urna.
Mãe do Davi, de 9 anos, Priscila Tavares, 41 anos, conta que leva o seu filho para fazer sua votação há seis anos, por falta de rede de apoio. Davi é um menino autista, que sente conforto com a mãe, então ela opta por levar ele junto e não perder a oportunidade de votar.
“Trago o Davi desde os 3 anos para votar comigo, porque eu não tenho com quem deixá-lo, principalmente pelo fato dele ser especial, ser autista, ele não fica com qualquer pessoa, ele é muito grudado comigo, que sou mãe, então há essa necessidade de trazer ele junto. Além dessa questão, tenho medo de deixá-lo sozinho muitas vezes, já é perigoso deixar com qualquer pessoa e ele é autista não verbal, então existe uma necessidade maior de estar trazendo ele junto comigo”
Tainá Bernardes, de 28 anos, também é mãe e conta que sempre levou a Sofia de 6 anos para voltar com ela. “Todas as vezes que eu volto eu tenho que trazer ela, não tenho com quem deixar, então eu tenho que trazer ela, não confio em deixar com ninguém, então ela tem que vir comigo. Mas é rápido esse momento, ela nem reclama”
Na Escola Estadual Profª Zélia Quevedo Chaves, localizada no Parque Res. Iracy Coelho Netto, a Fernanda Barbosa, de 45 anos, foi votar cedinho. Ela é mãe solo do Heitor de 3 meses e ao jornal O Estado ela pontua a importância de escolher um candidato que lute pelas mulheres e pelas mães.
“É muito importante a gente escolher certo, escolher quem é pela família, quem luta pelas mulheres, pelas mães. Eu sou uma mãe solo, então é importante ter creche, ter vaga, ter acesso à saúde. E hoje está acontecendo isso já em Campo Grande, a gente já está com acesso com esse centro pediátrico que abriu. Foi muito importante para nós mães ter com certeza 24 horas o médico à nossa disposição pediatra. Foi muito importante, eu estou bem contente”.
Por: Inez Nazira e João Buchara
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