É necessário ficar atento aos sinais e sintomas apresentados pelos felinos
Você já deve ter ouvido falar em algumas doenças genéticas que atingem homens, mulheres e crianças. Mas, você sabia que os gatos também podem desenvolver ou até mesmo nascer com algumas delas? A criação de pets requer muito cuidado, carinho e dedicação por parte dos tutores. Por isso, é necessário ficar atento para os sinais e sintomas que o seu gatinho pode manifestar.
A DTUIF (Doença do Trato inferior felino); Renal Policística; Atrofia progressiva da retina; Surdez; Diabetes Mellitus e Cardiomiopatia hipertrófica são as seis mais comuns nos felinos.
A DTUIF afeta cerca de 2% dos gatos domésticos, porém ela apresenta maior e menor risco, respectivamente, nos persas e siameses. A renal policística acomete diversas raças como o birmanês, persa, himalaia, britânico de pelos curtos, scottish fold, Maine Coon e os cruzamentos com persas.
Na atrofia progressiva da retina, os genes responsáveis por causar a doença, estão associados ao Abissínio, Ocicat, Somali, balinesa, american curl, cornish rex, shorthair oriental, munchkin, siameses e peterbald. Já na surdez, independente da raça, o diagnóstico é mais comum entre gatos brancos, especificamente nos que possuem olhos azuis.
Apesar de a diabetes mellitus ter caráter genético, como no Burmês, Siamês, Abissínio e Azul Russo, ela também pode ser desenvolvida nos pets que não se exercitam e nem comem de maneira saudável. A cardiomiopatia hipertrófica, caracterizada pelo aumento do músculo cardíaco, é comum nos Maine Coons, Ragdolls e Oriental.
Tutor, leve seu gatinho ao veterinário!
Além de saber reconhecer os sintomas, é de extrema importância que o dono procure um profissional que poderá confirmar o diagnóstico. A professora do curso de Medicina Veterinária da Uniderp, Dina Regis Recaldes, comenta sobre a necessidade do felino receber atendimento clínico.
“Para concluir se um animal é portador de uma doença genética ou hereditária, o médico veterinário precisará analisar o passado da família e todos os hábitos do indivíduo. O reconhecimento pode ajudar a melhorar seu diagnóstico, prognóstico e tratamento. Onde existe um teste de DNA amplamente disponível, o controle de uma doença hereditária pode ser relativamente simples. Em outros casos, pode ser mais difícil. Existem laboratórios que realizam de Testes de Doenças Hereditárias Caninas e Felinas”, enfatiza.
A profissional reforça, ainda, que alguns casos não são curáveis, mas podem ser controlados. “Doenças ou distúrbios causados por anormalidades genéticas não podem ser curados, porém, os problemas de saúde associados podem ser administrados. Na maioria das vezes, o gene defeituoso causa problemas sérios à saúde do animal”, alerta.
Sintomas: Doença do Trato inferior felino (DTUIF)
É um termo utilizado para designar várias alterações no trato urinário dos gatinhos. Os principais sinais são: Dificuldade para urinar, demonstração de dor e alterações comportamentais como agressividade e vocalização excessiva.
Doença renal policística
Caracterizada pelo desenvolvimento de cistos cheios de líquido nos rins, que com o tempo evoluem para uma doença renal crônica. Os principais sinais clínicos são: Sede excessiva, aumento da micção, perda de peso, letargia, vômitos e diarreia.
Atrofia progressiva da retina
Patologia degenerativa que afeta as células dos olhos e resulta em cegueira irreversível. A princípio, manifesta-se como perda de visão noturna e depois diurna.
Surdez
O tutor de um gato branco de olhos claros, vá ao médico veterinário para certificar-se que está tudo bem. O gene que causa a cor da pelagem não interfere apenas na pigmentação, mas também no desenvolvimento de estruturas da orelha, podendo haver degradação da cóclea (responsável pela audição).
Diabetes Mellitus
Os principais sinais do gato que está com diabetes são: Aumento do apetite, aumento da sede e micção e perda de peso.
Cardiomiopatia hipertrófica Caracterizada pelo aumento do músculo cardíaco a consequência é uma menor quantidade de sangue sendo bombeada para o corpo do gato, o que resulta em fraqueza, dificuldade respiratória e até mesmo morte repentina.
(Texto: Jéssica Vitória)