DJ usa sinalizador dentro de boate, causa tumulto e local é interditado

Foto: Diário Corumbaense
Foto: Diário Corumbaense

Participantes de uma festa em uma boate passaram por um susto, na madrugada deste domingo (26), após o uso de um sinalizador ter causado grande fumaça no local. O caso aconteceu em Corumbá, a 417 quilômetros da Capital, durante a apresentação do DJ Lino, de Campo Grande.

De acordo com informações do portal Diário Corumbaense, a fumaça do item se espalhou pelo ambiente e parte do público pensou que estava havendo um princípio de incêndio. O Dj chegou a postar um vídeo em suas redes sociais, pedindo desculpas pelo ocorrido. “Acabei usando artefatos legais, o que causou pânico nas pessoas por causa da fumaça. Peço desculpas a vocês”, disse.

O proprietário do lugar afirmou que o espaço foi alugado para uma produtora de eventos e que não estava ciente do uso de sinalizadores durante o evento de domingo. Ele ainda disse que estão apurando o ocorrido e que estão tomando as providências necessárias. A boate tem capacidade máxima para 1.385 pessoas e não está autorizada a utilizar itens pirotécnicos.

Proibição 

O Corpo de Bombeiros do município informou que não foi acionado para atender ocorrência no local, mas por volta da meia noite recebeu um chamado para atender uma pessoa que estava tendo uma crise asmática.

“Já na boate, é que chegou ao nosso conhecimento que houve o uso de sinalizadores e grande volume de fumaça. Assim, no intuito de averiguar o ocorrido e tomar providências quanto as condições e medidas de segurança contra incêndio e pânico, será acionada a equipe de vistoria da Seção de Atividades Técnicas para avaliar a edificação”, declarou o tenente Silvanei.

Segundo a Lei nº 4.530 de 22 de maio de 2014, é proibida a utilização de fogos de artifício, sinalizadores, inalizadores, artefatos pirotécnicos, efeitos especiais que produzam fagulhas ou faíscas, bem como a utilização de material incandescente, plásticos e espumas não autoextinguíveis, especialmente espuma acústica do tipo flexível de poliuretano-poliéter, ou material equivalente, em ambientes fechados de uso coletivo, público ou privado, destinados a eventos, no território de Mato Grosso do Sul.

Para quem descumprir a legislação, a multa varia entre R$ 50 (cinquenta) e R$ 5.000,00 (cinco mil). Em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro.

“São muitos os fatores que podem interferir em um princípio de incêndio, os dois principais são: o tipo de chama do artefato pirotécnico que pode ser quente ou frio e também o tipo do revestimento do local: espuma flexível de poliuretano-poliéster ou outro tipo de material inflamável. Logicamente que existem outros fatores ambientes que podem interferir no cenário geral. Por conta disso, foram editadas leis para evitar o uso desse tipo de material em locais fechados, como boates e casas de show”, finalizou o oficial bombeiro.

Interdição

O Corpo de Bombeiros Militar interditou a boate, após vistoria da Seção de Atividades Técnicas. O certificado de funcionamento está em dia, válido até 23 de maio deste ano, mas por causa do incidente, o tenente BM Silvanei, disse que o proprietário da boate foi notificado, multado e o estabelecimento interditado até algumas correções de medidas de segurança, como iluminações de emergência, sinalização e saídas de emergência (barra anti-pânico danificada).

A multa aplicada pelo uso de artefatos foi de 1.000 Uferms (Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul), hoje no valor de R$ 47,40 cada, o que corresponde a R$ 47.400,00, mas cabe recurso. “A responsabilidade administrativa é do proprietário e do responsável pelo uso da edificação”, informou o oficial bombeiro.

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