A rotina intensa de trabalho dos agentes de saúde vai continuar no combate à dengue por, pelos menos, mais três meses. Mesmo com a inspeção das equipes de monitoramento nos bairros para eliminar o mosquito Aedes Aegypti, o número de áreas em alerta dobrou em comparação ao último mapeamento realizado em 2019, passando de 22 para 42 regiões de Campo Grande. Ontem (14), o resultado do Liraa (Levantamento de Índice Rápido de Infestação) revelou que do dia 6 a 10 de janeiro de 2020, sete áreas da Capital encontram-se em situação de risco, quando o índice de infestação é superior a 3,9%. Entre os bairros estão em risco estão Tiradentes, José Abraão, Estrela Dalva, Silva Regina, Sírio Libanês, Pioneiros e Alves Pereira.
A partir de hoje (15), a prefeitura vai mobilizar 280 agentes para vistoriar aproximadamente 19 mil imóveis em todos os bairros da cidade. Segundo o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, o objetivo dos mutirões é intensificar as ações diuturnamente para evitar que o município enfrente uma nova epidemia. Não queremos que mais pessoas sofram por causa deste mosquito. Vamos continuar intensificando as ações, mas é preciso que a população entenda que não basta o poder público fazer a sua parte. É preciso a união de esforços para que a gente possa vencer essa guerra, considerando que 80% dos focos ainda são encontrados dentro das casas. Além disso, pedimos para as pessoas que recebam o agente de saúde em suas casas. Essa é uma ação em benefício da sociedade, pondera.
Os bairros na região do Iracy Coelho estão em alerta máximo com 8,6% de infestação. Isso significa que de 233 imóveis vistoriados, em 20 foram encontrados larvas de mosquitos. A área da região Azaléira aparece em segundo, com 7,4% de infestação, seguido do Jardim Antártica, com 5,2%. O levantamento completo está disponível no site da prefeitura.
Em 2019, o Jardim Noroeste estava no topo dos bairros onde havia maior concentração de focos, sendo 523 depósitos, num total de 8.149 imóveis vistoriados. Dezoito áreas da Capital permanecem com índices satisfatórios. Mesmo com o alerta, as ações não foram suficientes para evitar as três primeiras mortes pela doença confirmadas no Estado.
(Texto: Thais Cintra)