Governo anunciou que ao invés de 180, 260 aprovados no concurso da Polícia Civil começarão curso em abril
O número ideal de policias civis para atender a população de Mato Grosso do Sul é de pelo menos três mil, conforme o Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul). No entanto, atualmente, o efetivo da Polícia Civil é de cerca de 1,8 mil homens, ou seja, há um déficit que chega a 1,1 mil vagas.
De acordo com o presidente do sindicato, Giancarlo Miranda, o número de vagas do último concurso precisa ser maior para diminuir o déficit. “O pedido do Sinpol-MS é que as vagas sejam estendidas e todos os aprovados no concurso de 2017, que estava judicializado, possam fazer o curso de formação, a academia e depois somar nas delegacias”, ressaltou.
Sobre a questão o próprio delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, revelou que algumas unidades têm enfrentado com o baixo efetivo. “Principalmente os municípios pequenos, o nosso efetivo está bastante reduzido, mas temos feito alguns remanejamentos emergenciais para poder dar suporte mínimo a essas delegacias, temos estruturado o GOI [Grupo de Operações e Investigações], que é uma equipe operacional de pronto atendimento, como temos estruturado o SIG [Setor de Investigações Gerais] na sede de regionais que, também nas investigações mais complexas, são deslocados para os municípios dando o suporte”, explica.
E, na expectativa de amenizar a questão do efetivo, o governo do Estado anunciou hoje (7) durante a assinatura do documento que autoriza o retorno do concurso da Polícia Civil, que serão chamados para o curso de formação 140 escrivães e 120 investigadores, número maior que o previsto inicialmente, que era 100 escrivães e 80 investigadores. Segundo o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, o atraso no concurso impediu que os aprovados já estivessem atuando.
“A judicialização atrasou em dois anos esse concurso, os policiais já poderiam estar auxiliando, inclusive, os 72 delegados que foram nomeados pelo governo e, agora, a gente quer no menor espaço de tempo formar e já disponibilizar para a população esses novos profissionais”, assegura. Videira afirma que até abril deste ano deve começar o curso de formação com duração de 90 dias.
Ainda na cerimônia de retomada do concurso, foram entregues sete viaturas descaracterizadas que serão utilizadas pelo setor de inteligência da Polícia Civil. Assim como os equipamentos de Força Tática entregues na última quinta-feira (6) para a Polícia Militar, essas viaturas foram adquiridas através de um termo de cooperação entre Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública).
*Confira também na edição de 8 de fevereiro do Jornal O Estado
(Texto: Rafaela Alves/Publicação no site de Julisandy Ferreira)