Covid-19: estudo garante que transporte coletivo é seguro

Uma pesquisa divulgada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que classifica o transporte coletivo na condição de alto risco para a disseminação da covid-19, divulgada nesta segunda-feira, é contestada pelos resultados de levantamento feito pela Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) no início do mês passado. O estudo da entidade rio-grandense constatou que o transporte público é seguro.

A pesquisa da Unifesp mostra que os distritos com maior número de mortes por coronavírus estão relacionados de maneira mais intensa a locais com maior presença de autônomos, donas de casa e pessoas que usam o transporte público. No entanto, o levantamento da ATP mostra o contrário, principalmente porque as empresas de ônibus vêm adotando medidas sanitárias relevantes, como ocorre também em Campo Grande.

A pesquisa da ATP foi feita com base em levantamento feito junto a parcela de funcionários do transporte público em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O levantamento constatou que o transporte não é um meio potencial de transmissão do coronavírus. Pelo contrário, é mais seguro.

Segundo a ATP, desde o início da pandemia em março, Porto Alegre transportou até meados de junho 12,3 milhões de passageiros. Neste período foi aplicado o teste por IgG/IgM em 90 funcionários – 72% cobradores e 28% motoristas –, o que representa 5% da tripulação ativa atual, que é de 1.780 motoristas e cobradores.

Para o engenheiro de transporte da ATP, Antônio Augusto Lovatto, “diferente do que tem sido falado, isso nos mostra que o ônibus não é um lugar com alta propensão à contaminação. Acreditamos que algumas providências tomadas como a higienização constante e a ventilação do espaço, foram fundamentais para o resultado que obtivemos”.

Campo Grande
É justamente as medidas sanitárias que garantem a segurança no transporte coletivo, como ocorre também em Campo Grande. No mês passado teve início a campanha “Tá seguro usar o transporte coletivo”, que reúne uma série de ações desenvolvidas pelo Consórcio Guaicurus em parceria com o Sets/Senat e prefeitura da Capital.

Blitzes e medição de temperatura corporal de passageiros vêm sendo realizadas em diversos terminais. Diariamente, todos os 1,2 mil colaboradores do Consórcio Guaicurus também têm a temperatura monitorada. Além disso, eles passaram a realizar cursos de prevenção ao contágio pelo novo coronavírus.

Nas blitzes, equipes do consórcio e do Sest/Senat estão distribuindo nos terminais folhetos com informações sobre as medidas que todos devem adotar para frear a disseminação da pandemia. Os passageiros recebem álcool em gel e ainda orientações sobre como devem lavar as mãos. Lavatórios “itinerantes” foram produzidos para reforçar a campanha.

Uso de máscaras
Além disso, todos os passageiros, motoristas e demais colaboradores são obrigados a usar máscaras e os ônibus circulam com os alçapões abertos para manter ventilação constante. O número de passageiros nos veículos também é limitado. Só podem viajar pessoas sentadas e para cada tipo de ônibus é estabelecido o número máximo de passageiros que podem viajar em pé.

O Consórcio Guaicurus também passou a reforçar a higienização dos ônibus. No intervalo entre as viagens, quando os veículos pararem nos terminais (carros de reforço ou reserva) e sem a presença de passageiros, colaboradores passaram a desinfectar bancos e demais componentes internos dos veículos com os quais os clientes têm maior contato.

Desinfecção
Paralelamente às ações do Consórcio Guaicurus, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) está promovendo diariamente nos terminais a desinfecção das áreas de circulação dos passageiros e também dos banheiros.

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(Texto: Consórcio Guaicurus) 

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