Contabilizando prejuízos, população reclama de bloqueios no centro com obras do Reviva

Reviva

Equipe com 80 profissionais atuam em diferentes frentes de trabalho

Ainda tentando se recuperar do período de instabilidade trazido pela pandemia, comerciantes do centro afirmam que amargam prejuízos com as obras da segunda etapa do Reviva Campo Grande, que nas últimas semanas, mudou a rotina de quem passa e trabalha na região por conta dos bloqueios das ruas onde o serviço está sendo executado.

Com a movimentação atípica na área, há quem aponte perdas de 80% e até lojista que estuda fechar durante o tempo em que os construtores estiveram trabalhando “Meu movimento que já estava fraco caiu em mais de 80%. Acredito que a ideia da obra é legal, mas não é o melhor momento”, explica o comerciante Edson Palombo, que há 20 dias tem uma gráfica em trecho da rua Sete de Setembro, parcialmente bloqueado para o serviço de máquinas e trabalhadores.

De acordo com informações repassadas pelo secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, na região central atualmente existem pelo menos, 4 frentes de obras, nas quais, trabalham aproximadamente 80 pessoas. Segundo o lojista, outra preocupação é com a possibilidade de após a revitalização, o aluguel dos imóveis aumentarem. “Nosso receio é que aconteça como foi na 14 de julho, que os donos dos prédios subiram o valor. Aqui eu pago R$ 1.500, se for para R$ 2 mil eu já não consigo manter”, revela.

De acordo com informações repassadas pelo secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, na região central atualmente existem pelo menos, 4 frentes de obras, nas quais, trabalham aproximadamente 80 pessoas. Segundo o lojista, outra preocupação é com a possibilidade de após a revitalização, o aluguel dos imóveis aumentarem. “Nosso receio é que aconteça como foi na 14 de julho, que os donos dos prédios subiram o valor. Aqui eu pago R$ 1.500, se for para R$ 2 mil eu já não consigo manter”, revela.

Na Rui Barbosa, entre a Fernando Corrêa da Costa e a 7 de Setembro, o trecho segue bloqueado para que a tubulação de água e esgoto seja trocada. Na 7 de setembro, o trânsito foi liberado em apenas uma faixa entre as ruas Rui Barbosa e Pedro Celestino. Por lá, equipes fazem a padronização das calçadas com inclusão de pisos táteis para garantir acessibilidade. Em um dos lados a calçada já está na etapa de finalização, mas no outro, começou a fase da “quebradeira”.

“Começaram a quebrar e virou uma poeira sem fim, fora isso, meu cliente parou de vir porque não consegue parar na frente da minha loja, nem na rua lateral, que também está fechada”, aponta Carmen de Carvalho Penteado, que tem uma loja de bolsas há 14 anos na 7 de setembro. Com movimento fraco na rua e o acesso da loja impedido, Carmen diz que se questiona sobre os pontos positivos. “Não consegui ver muita perspectiva. Entendo que o que traz mais clientela é o fluxo de gente passando na rua”, finaliza.

Apesar da movimentação que desagradou alguns, também há quem prefira manter o otimismo, enquanto aguarda a chegada das melhorias prometidas com a conclusão do serviço. É o caso do comerciante Ricardo Thomaz, dono de uma tradicional lanchonete que já está há 42 anos no cruzamento da Rui Barbosa e 7 de Setembro, duas das vias interditadas pelo Reviva Campo Grande.

“Tem um pouco de transtorno, mas preferimos pensar que vai ser passageiro. Muita gente acha ruim quando fecha assim, mas depois vê o bom resultado e acaba concordando que a reforma é positiva”, afirma o lojista, fazendo menção à revitalização da rua 14 de julho, inaugurada em novembro de 2019 após 17 meses de obras. 

Um pouco mais distante dali, a avenida Marechal também virou canteiro de obras. “Aqui virou uma loucura. É interessante porque estamos vendo o trabalho ser feito, mas acredito que faltou comunicação”, explica Vera Lucia Miyahira, funcionária de uma loja que fabrica vidros temperados. Por conta da fragilidade dos produtos, ela afirma que o bloqueio da faixa de estacionamento prejudicou o funcionamento da loja.

Com a queda no movimento, Vera conta que a empresa tem investido em anúncios e vendas onlines. “Mesmo com essa opção ainda é complicado porque o cliente sente falta de vir até nós, conversar e ver o produto. Sem lugar para estacionar esse acesso fica mais complicado”, acredita.

Segundo a Prefeitura, além da padronização das calçadas, o Programa Reviva Campo Grande prevê a revitalização de mais de 80 quadras em um perímetro entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa e Mato Grosso, e entre a avenida Calógeras e a rua José Antônio.

(Clayton Neves)

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