O que é, quais os sintomas e o tratamento para seu amiguinho
A conjuntivite é uma doença comum em nosso dia a dia e que afeta não só os seres humanos, mas também os cachorros. A doença está entre os problemas oculares que mais atingem os cães, causando muito incômodo aos peludinhos. E sabe o que é pior nisso tudo? Poucas pessoas sabem identificar os sinais da disfunção.
Algumas raças de cachorro são mais comumente acometidas pelo desenvolvimento de doenças oculares, como o buldogue francês e inglês, shar-pei, pug, chow chow, entre outras. A conjuntivite é a inflamação da mucosa que recobre as pálpebras e a parte branca do olho, chamada de conjuntiva. Sua função é proteger os olhos. Uma boa notícia é que a conjuntivite humana não afeta os cães e vice-versa. Entre os pets também é difícil haver o contágio, já que a maioria dos casos de conjuntivite canina é causada por ressecamento dos olhos, traumas ou corpos estranhos, é o que explica a professora do curso de Medicina Veterinária da Uniderp, Dina Regis.
“As causas variam de acordo com cada tipo de conjuntivite. Se a enfermidade for infecciosa, seu surgimento pode ser provocado por bactéria, vírus ou fungos. À não infecciosa, as principais causas são por parasitas protozoários (leishmaniose) e problemas de alergia (atopia), doença autoimune, câncer, traumatismo, inflamações de forma geral. Além disso, a conjuntivite pode surgir por deficiências na produção lacrimal, lesões ou deformidades das pálpebras, ou, até mesmo, por causa desconhecida”, esclarece.
No início da conjuntivite canina, pode ocorrer uma leve irritação nos olhos do cão e não chamar tanta atenção do tutor. Com o tempo, a situação da doença pode piorar. “Causando olhos avermelhados, lacrimejamento, inchaço, dor na região, secreção e remelas. O animal pode ter ainda dificuldade para manter os olhos abertos e ficar sempre com eles fechados, semifechados, ou piscando o tempo todo. Coceira nos olhos e sensibilidade à luz também são indícios”, orienta a médica-veterinária.
Manter o seu cão saudável, com todas as vacinas em dia e a nutrição adequada, é a melhor forma de prevenção, e isso evita a instalação de várias doenças oportunistas e complicações oculares que podem surgir com a baixa imunidade no organismo animal. ”Cuidar da saúde ocular do seu animal de estimação é importante, pois a superfície ocular está diariamente em contato com agentes alergênicos, bactérias, fungos e vírus. A conjuntiva, membrana, e a produção lacrimal ajudam na proteção imunológica do olho, agindo como uma barreira para evitar a entrada de micro-organismos, inibindo que micro-organismos se instalem. Mudanças nesta microbiota podem estar relacionadas à infecção ocular, por isso, além de manter o animal saudável, é importante visitar o médico-veterinário anualmente e realizar um exame oftalmológico detalhado”, instrui.
Somente o médico-veterinário é habilitado a prescrever os tratamentos adequados para cada caso. O tratamento pode ser cirúrgico ou medicamentoso, incluindo pomadas, colírios com, ou sem, anti-inflamatórios e antibióticos. Dependendo do tipo de patologia, o animal terá tratamento constante e receberá a aplicação de colírios pelo resto da sua vida.
“É fundamental que o médico-veterinário, com especialidade em oftalmologia, investigue o agente causador do problema. A prescrição do tratamento correto influenciará na evolução e no prognóstico da doença”, aconselha.
(Da redação)