Persistência e calma são os conselhos para quem quer colocar novos hábitos na rotina a partir do próximo ano
Com a proximidade de um novo ano, as pessoas ficam tomadas pelo sentimento de esperança e renovação. Isso faz com que muitas pessoas queiram aproveitar a época para mudar os hábitos: seja começar uma dieta ou sair do sedentarismo. O conselho de quem trabalha com isso todos os dias é o mesmo: persistência e calma, pois, para uma mudança efetiva, a pressa é a inimiga.
O conselheiro do CREF11/MS (Conselho Regional de Educação Física) Rodrigo Miranda ressalta que, para uma mudança de hábitos sadia, é preciso trabalhar com metas reais, daquelas que é possível alcançar, seja a curto, médio ou longo prazo.
Em todo processo de emagrecimento, é necessário acompanhamento e avaliação física. Isso porque para quem vive no sedentarismo pode acabar se excedendo nos exercícios, pela ansiedade das primeiras semanas, o que leva a dores, a desistência precipitada e, até mesmo, a lesões musculares.
Miranda destaca, ainda, que a avaliação física tem a função de identificar a forma como o organismo de cada pessoa funciona, pois existem pessoas que possuem uma predisposição para engordar, outras para emagrecer.
”Existem várias avaliações que nos levam a chegar na forma como o organismo da pessoa trabalha. Com esse protocolo estabelecido, é passado um teste, que segue a meta de cada pessoa. E ainda existe a avaliação médica, que preconiza o que cada pessoa pode fazer, se existe uma tendência a doenças. Sem acompanhamento ou no treino de outra pessoa pode haver consequência e levar até mesmo à morte”, explicou.
Já para pessoas que querem iniciar uma mudança de hábitos, mas que não gostam da ideia de ir até academias, o mais indicado é a prática de exercícios ao ar livre. Miranda enfatiza que para isso é preciso ter compromisso. A caminhada não pode ser substituída com por uma volta no centro da cidade. Portanto, mesmo que haja uma alteração na rotina, a caminhada deve ser mantida.
Para ter um resultado mais efetivo, é preciso associar os exercícios a uma alimentação balanceada. A nutricionista Katia Wolff destaca que a reeducação não significa parar de comer, mas, sim, comer bem, baseando as refeições em alimentos que são naturais em quantidades razoáveis. Assim, arroz e feijão podem ser mantidos.
”Alimentos que são preparados em casa são mais sadios para quem busca começar esse processo de reeducação. Existe alguns que associam à prática de exercícios. Isso pode, inclusive, ajudar no emagrecimento. Outro fator importante é a ingestão de água, que está atrelada ao peso da pessoa. Caso alguém pese 100 kg, o indicado é ingerir, no mínimo, três litros de água por dia”, recomendou.
Além de apostar mais em alimentos naturais, é preciso reduzir a quantidade de alimentos processados da alimentação. A nutricionista aponta que para quem está no processo de reeducação e gosta de comer um lanche ou salgadinhos, ainda é possível, mas precisa lembrar que existem limites. Alimentos processados contém uma maior quantidade de sal e açúcar, que desregulam a quantidade necessária para o corpo humano.
Portanto, a aposta deve ser em uma mudança de hábitos gradativa, com foco em perder peso e melhorar a saúde de forma lenta. ”Não adianta emagrecer rápido. Tudo que vai rápido, volta rápido. Ninguém consegue manter dietas restritivas por muito tempo. A melhor aposta é no emagrecimento saudável”.
(Texto: Amanda Amorim)