O Pantanal já totaliza em áreas queimadas, durante o inicio em julho até metade de setembro, 2 milhões de hectares – equivalente a 15% da área total do bioma. Os animais perdem suas moradias, fonte de alimento e até suas vidas. Os que conseguem fugir, como as aves, estão encontrando em residências formas de sobreviver.
Com uma propriedade a 21 km de Águas de Miranda, a mãe de Mireli Moura de Oliveira começou a receber visitas de araras das espécies Canindé e Azul na fazenda, que antes não costumavam aparecer. A casa dela está a 50 km de uma região atingida pelas chamas.
“São muitas araras que começaram a aparecer. Elas costumam beber água e tomar banho no bebedouro do gado. Estão fugindo do fogo”, conta Mireli. Ela encaminhou a foto da Xuxa, arara que mais se aproxima dos humanos.
No mês passado, a presidente do Instituto Arara Azul e especialista em preservação ambiental Neiva Guedes, disse em entrevistas que é preocupante a situação da fauna pantaneira. “Já queimaram uma área tão grande que os bichos não têm mais para onde correr”, alertou Neiva.
Uma das áreas destruídas pelo fogo é uma fazendo considerado santuário das araras azuis, local que o Instituto protegia e foi grande agente responsável por retirar a arara azul da lista de animais em extinção. Só quando as chuvas chegarem e o fogo acabar, os ambientalistas poderão dimensionar as perdas que o Pantanal registra a cada dia que o fogo o consome.
(Com informações do O Pantaneiro)
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