Com mais de 500 pessoas na fila por um órgão, apenas 40 doadores são registrados

Doação orgãos
Foto: Reprodução/Freepik

Doador pode procurar cartório mais próximo para deixar registrado a intenção

Quem desejar ser um doador de órgãos poderá manifestar e formalizar a sua vontade por meio de um documento oficial, feito digitalmente em qualquer dos 176 cartórios em Campo Grande. No primeiro mês de validade desde entrou em vigor a lei no Estado 40 pessoas se tornaram doadores de órgãos.

Apesar da nova lei trazer benefícios em Mato Grosso do Sul de acordo com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), 559 pacientes estão na fila. Dados mostram que 376 pacientes precisam do transplante de córneas e 183 do transplante de rim. Em quatro mesmo o Estado já realizou 112 transplantes, sendo o de médula o que lidera a lista com 92 procedimentos efetuados. Em seguida, vem rim (13), tecido músculo esquelético (4) e médula (3).

O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do SUS, responsável pelo financiamento de cerca de 88% dos transplantes no país. Apesar do grande volume de procedimentos de transplantes realizados, a quantidade de pessoas em lista de espera para receber um órgão ainda é grande.

Como funciona

Para realizar a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, o interessado preenche um formulário diretamente no site www.aedo.org.br, que é recepcionado pelo cartório de notas selecionado. Em seguida, o tabelião agenda uma videoconferência para identificar o interessado e coletar a sua manifestação de vontade.

Por fim, o solicitante e o notário assinam digitalmente a AEDO, que fica disponível para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes. A plataforma está acessível 24 horas por dia, sete dias por semana, de qualquer dispositivo com acesso à internet.

Atualmente, são mais de 42 mil pessoas que aguardam na fila por um transplante de órgãos no Brasil, 500 delas, são crianças. Somente no ano passado, três mil pessoas faleceram por falta de doação de um órgão. Pelo sistema, o cidadão poderá escolher qual órgão deseja doar – medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou todos.

A maioria das pessoas na fila única nacional de transplantes aguarda a doação de um rim, seguido por fígado, coração, pulmão e pâncreas.

Por Thays Schneider

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *