Entidades estudantis pedem novo adiantamento do Exame Nacional do Ensino Médio em razão ao aumento de casos de Covid-19 no Brasil. As associações alegam que Ministério da Educação (MEC), não divulgou medidas suficientemente eficazes para garantir a segurança dos candidatos. A prova conta com 6 milhões de inscritos.
O ministério rejeita o novo adiamento e diz que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão responsável pela prova, estabeleceu regras para “reduzir aglomerações” nos locais de aplicação do exame e adotou medidas preventivas contra a Covid-19.
Em ação conjunta, UNE (União Nacional dos Estudantes) e Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) não rejeitam a possibilidade de ingressar com um mandato de segurança para impedir a realização da prova em janeiro.
“Os números de contaminações e mortes por Covid-19 voltaram a crescer exponencialmente recentemente, o que ocasionou por sua vez o endurecimento em restrições de contato social em diversos estados”, diz nota das entidades.
“Em um claro posicionamento pela segurança e em defesa da vida, acreditamos ser inevitável um novo adiamento do Enem”, conclui.
Programado originalmente para novembro, o Enem só foi postergado para janeiro depois de forte mobilização de estudantes, secretários de educação e entidades da área. O governo Jair Bolsonaro (sem partido) resistiu no adiamento, negando o risco da realização da prova durante a pandemia. A nova data só foi anunciada após uma iminente derrota sobre o tema no Congresso, que chegou a aprovar um texto exigindo a alteração da data.