Conforme a secretária, de 2010 até hoje poderiam ser fechadas 72 escolas
A SED (Secretaria de Estado de Educação) divulgou ontem (29) o nome das unidades que serão atingidas no reordenamento proposto para 2020. Das 13 escolas que passarão pelo processo, cinco serão fechadas, sendo uma na Capital e as demais, no interior do Estado.
Em Campo Grande, além da unidade que será extinta, outras três serão municipalizadas. A justificativa do governo para a medida é a redução de alunos matriculados na Rede Estadual de Ensino nos últimos nove anos em que foi registrado uma queda de 52 mil alunos. A titular da pasta, Maria Cecilia Amendola da Motta garantiu que alunos e professores não ficaram desassistidos, tendo prioridade na escola de uma nova unidade para fazer o remanejamento.
Na lista apresentada pela SED, as escolas estaduais Coronel Antônio Trindade, de Aquidauana, a EE Hilda Bergo Duarte, de Glória de Dourados, a EE Paulo Freire, de Iguatemi e a EE Leopoldo Dalmolin, de Itaquirai serão extintas e os alunos terão que ser rematriculados em outra escola da REE. Na Capital, a unidade que será fechada é a EE Professor Carlos Henrique Schrader, que teve seu anúncio formalizado nesta semana, gerando revolta dos estudantes, servidores e pais.
As outras oito escolas passarão ser dos municípios. São elas: EE Professor Luiz Mongelli, de Aquidauana, EE Edwirges Coelho Derzi, de Deodápolis, EE Rotary Dr. Nelson de Araújo, EE Nicolau Fragelli, EE Advogado Demosthenes Martins e EE Professora Hilda de Souza Fereira, todas em Campo Grande, EE Professora Terezinha dos Santos Mendonça, de Mundo Novo e EE Lions Clube de Ponta Porã, de Ponta Porã.
Sobre o remanejamento, a secretária explicou que os alunos provenientes de escolas reordenadas, tanto fechadas quanto municipalizadas, terão prioridades na escolha da vaga. “Os alunos das escolas reordenadas tem prioridade número um. Nós já encaminhamos um C.I. [Comunicado Interno] para todas as escolas que estão passando pelo processo, orientando os gestores para que os pais façam a escolha das escolas que querem transferir os seus filhos e eles terão prioridade na escolha da vaga, inclusive, desde ontem [29], eles já podem solicitar a transferência”, assegurou.
E, assim como os alunos, os funcionários efetivados da REE que pertencem ao quadro dessas escolas, serão realocados. “A partir deste mês de dezembro, os efetivos dessas escolas deverão escolher uma escola para serem realocados, inclusive, os administrativos”, garante Maria Cecília.
A ideia do governo é centralizar os estudos no ensino médio e no ensino fundamental II, que são turmas do 6º ao 9º ano. “Esse reordenamento não é uma questão só de logística, mas também de poder investir no tempo integral porque nós temos uma meta de até 2024 ter 60% das escolas estaduais em tempo integral e o Estado vai focar no ensino fundamental II e no ensino médio e os municípios na educação infantil que nós não podemos oferecer e ensino fundamental I que são turmas do 1º ao 5º ano”, esclarece.
A justificativa apresentada pela SED para reordenamento das 13 escolas estaduais é a redução no número de alunos da Rede Estadual de Ensino com o passar dos anos. Segundo a titular da pasta. “Somente de 2015 para cá, a diminuição é de 16 mil alunos e, se eu colocar de 30 em 30 em uma sala de aula, de 2010 até hoje, eu poderia fechar 72 escolas, porém, não é isso que estamos fazendo, nós estamos municipalizando porque os municípios não cumpriram a meta ainda, que é atender a educação infantil e o regime de colaboração União, Estado e município prega isso, então, nós estamos conversando com os prefeitos e reordenando”, explica.
(Texto: Rafaela Alves)