Campo Grande acumula buracos espalhados por todos os bairros, boa parte deles até fazem “aniversário”, é o caso da Rua José Carlos Amaral no Bairro Tarumã, onde o buraco tem mais de 20 anos, segundo moradores. Transporte coletivo já deixou de passar, pois a via está intransitável, são buracos gigantes acumulando água e muitas pedras pontudas.
Todos os dias a recepcionista Ana Lúcia da Silva, passa em frente ao buraco para pegar ônibus, segundo ela, o motorista desviou a rota do ponto pois não tinha condições de trafegar pelo local. “Fico com medo e as outras moradoras também, o ponto de ônibus ficou mais longe e a maioria que precisa pegar o coletivo são mulheres e tem muito assalto pela manhã por volta das 5h”, pontuou.
“Fico com medo, o ponto de ônibus ficou mais longe e a maioria que precisa do coletivo são mulheres” – Ana Lúcia, recepcionista
Ana Lúcia continua e pede agilidade para arrumar a rua, pois ela mora no bairro desde 2007 e a situação é a mesma. “O maior medo são os assaltos, o bairro é conhecido por ondas de furto e roubo e agora com o ponto de ônibus mais longe vai ser impossível evitar esses crimes”, relatou.
A aposentada Margarida Holanda Pereira mora no bairro há mais de 30 anos, segundo ela o buraco está no mesmo lugar há mais de 20 anos. “Cada ano fica mais difícil, já peguei até dengue, são dois buracos enormes que acumulam água, carros ficam atolados, ônibus deixou de passar e quem sofre somos nós, moradores. Às vezes quando a situação fica feia os próprios moradores jogam aterro no local, mas dura pouco”, explicou.
“Cada ano fica mais difícil, já peguei até dengue, são dois buracos enormes que acumulam água”- Margarida Holanda, aposentada
Síndico de um condomínio que fica em frente aos dois buracos, Jefferson Jobim afirma, “os moradores pagaram uma máquina para passar na rua, mas na primeira chuva que veio o buraco voltou.” Sempre que chove o buraco volta e cada vez maior, já procuramos a prefeitura e nada foi feito há décadas. É uma falta de compromisso com a população que paga impostos”, lamentou.
Jefferson comentou sobre a retirada do ônibus, segundo ele, foi informado nesta quinta-feira (08) que deixaria de passar na Rua José Carlos Amaral e quem precisa pegar o coletiva deve ir até a rua de trás, ou seja, mais demora e perigo. “O Consórcio não deu um tempo hábil para os moradores se programarem, simplesmente chegou e avisou que não passaria na rua”, finalizou.
Assim que soube do comunicado, o síndico procurou os órgãos competentes e a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), a mesma informou que só após o Carnaval poderia resolver o problema.
Reportagem do jornal O Estado procurou a prefeitura, que informou que vai mandar uma equipe no local para averiguar a situação, mas não deu prazo. Moradores pedem asfalto na região que vem crescendo tanto em moradias quanto na questão de empregos, nos últimos meses duas redes atacadistas foram inauguradas no Bairro.
Por Thays Schneider
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