No dia 12 de outubro é comemorado o Dia das Crianças. Esta data celebra os direitos de crianças e adolescentes, ajudando a conscientizar as pessoas sobre os cuidados necessários durante esta fase da vida. Também é a data em que as crianças esperam ansiosas por presentes, principalmente brinquedos. No entanto, muitas pessoas optam por comprar brinquedos falsificados, até mesmo pelo fato de ser mais baratos, mas não sabem que estes escondem diversos perigos à saúde dessas crianças.
Os brinquedos falsificados não têm regras de fabricação e não possuem o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e de acordo com a pediatra Natália Affonso Raquel, é justamente por isso que eles são perigosos. “Esses brinquedos não têm garantia de qualidade e com isso eles usam pigmentos de baixa qualidade que podem dar alergia, usam bário, chumbo, que podem dar uma intoxicação e ainda causar problemas relacionados ao sistema nervoso central. As pecinhas desses brinquedos são destacadas, soltas com mais facilidades, então a criança pode engolir, pode causar pneumonia, diarreia”, explica.
Ainda de acordo com a pediatra, as pessoas precisam ter em mente que, quando se fala em brinquedos, a saúde está envolvida. “Tem de ter qualidade e certificado de garantia, não dá para transformar a brincadeira da criança em pesadelo.” Segundo o Inmetro as reclamações de acidentes com brinquedos vêm aumentando desde 2017 quando representaram 54% das queixas. Neste ano, somente no primeiro semestre, elas representaram 70% das reclamações feitas ao instituto.
Denúncias combatem pirataria
O contrabando, descaminho de objetos falsificados é crime, então a venda de brinquedos piratas precisa ser denunciada ao Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) e à Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo). Conforme o superintendente do Procon, Marcelo Salomão, a denúncia é fundamental para o combate.
“Primeira coisa que o consumidor tem de ter em mente quando compra qualquer produto é o documento fiscal da compra porque é a prova de que, se por ventura, o produto for falso, o consumidor é a ponta mais fraca na relação de comércio, então todo documento da relação comerciária é válida. E para combater a pirataria, a falsificação, o descaminho, o contrabando, nós precisamos da denúncia, ela é o combustível”, garante o superintendente. (Rafaela Alves)