Em relação ao isolamento diante da pandemia do coronavírus (Covid-19), Brasil está como quarto colocado entre as nações mais pessimistas. O país ficou atrás do Japão (onde 62% acreditam que o isolamento não vai conter o vírus), da Índia (61%) e do México (59%).
A informação se deve à pesquisa “Rastreando o Coronavírus”, levantamento que tem sido realizado semanalmente pelo Ipsos em 14 países. Essa é a quinta edição da pesquisa.
A pesquisa foi feita online entre os dias 19 e 21 de março, com cerca de 14 mil pessoas no mundo todo, com idades entre 16 e 74 anos. No Brasil foram ouvidas cerca de 1 mil pessoas.
Canadá e França são as nações com mais confiança de que as medidas de isolamento terão efeito, com 34% dos entrevistados acreditando que o isolamento não conterá a doença no Canadá e 36% na França.
A Itália, apesar de ser o novo epicentro mundial da doença e ter sido o país mais afetado pelo surto da Europa, também tem um alto índice de otimismo quanto às medidas de isolamento. Por lá, somente 37% não acham que elas terão efeito.
Além desses países, a pesquisa foi realizada também na Austrália, na Alemanha, na Rússia, na Rússia, nos Estados Unidos, no Vietnã e na China.
No Brasil, onde a curva de crescimento da doença ainda está no começo, cerca de 62% dos entrevistados dizem que, se fossem infectados pelo vírus, afetaria gravemente sua saúde.
A sensação de perigo é maior na China, um dos países mais afetados, no qual, 77% se sentem ameaçados pelos vírus. Depois vêm a Índia (75%) e o Vietnã (74%).
Esse índice varia bastante de acordo com o país pesquisado. Os países onde as pessoas acreditam menos que sua saúde corre sério risco por conta da Covid-19 são a França (20%), a Itália (26%) e Japão (28%).
CASOS
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), havia até quinta-feira (26) mais de 480 mil casos confirmados e cerca de 21 mil mortes causadas pela doença no mundo todo.
Na Itália, mais de 6,8 mil pessoas já morreram por causa do vírus e mais de 69 mil casos foram confirmados, ainda de acordo com a OMS. Na França foram 22 mil casos e 1,1 mil mortes confirmadas.
No Brasil, os dados oficiais mais recentes do Ministério da saúde registraram 2.598 e 63 mortos até a última quinta-feira.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações do site BBC News)