Paciente contou ao jornal O Estado que esperou 4 horas por exame, mesmo com agendamento feito
Os atendimentos no polo Ayrton Senna estão sendo cada vez mais requisitados e essa procura está provocando uma desorganização no método de atendimento. Uma leitora, que preferiu não se identificar, esteve no local por suspeita de COVID-19 e precisava fazer o teste, conforme o encaminhamento médico. O agendamento foi marcado para as 10h30, mas foi quase às 15 horas que a jovem conseguiu ser atendida.
Além da demora, causada por uma confusão na recepção da estrutura, o número de pessoas dentro da estrutura só crescia com o passar do dia. Em contrapartida, o município esclareceu o funcionamento e a demanda do local.
De acordo com a paciente, o encaminhamento foi dado na sexta-feira (19). Em função do horário, o agendamento só foi feito no sábado (20), para ontem (23), às 10h30. Mas não foi o que ela encontrou ao chegar ao local. “Cheguei ao polo de atendimento do Parque Ayrton Senna por volta das 10h15, onde passei uma hora na fila da primeira triagem. Aguardei mais três horas para atendimento médico”, contou.
O local funciona da seguinte maneira: o paciente chega, podendo ser ou não demanda espontânea, e passa por uma triagem para fazer a classificação de risco, mesmo protocolo de unidades de saúde. Após a triagem, é necessário esperar pela consulta médica.
A jovem relatou que duas situações chamaram a atenção enquanto aguardava: a quantidade de médicos atendendo e a demanda por atendimento. “Havia apenas dois médicos atendendo a consulta e duas duplas de enfermeiras realizando exames e, durante todo o período que estive no local, passaram por ali mais de 70 pessoas”, disse. Só no horário de almoço, segundo a jovem, eram 42 pessoas sentadas e mais 3 em pé aguardando atendimento enquanto outra fila se formava na porta para passar pela triagem. Mas o que realmente indignou a paciente foi o fato de que não haviam percebido que ela estava agendada.
“No meu caso, não precisava esperar tudo isso, pois eu já tinha agendado para fazer o exame, mas me disseram que eu tinha de passar por uma nova avaliação médica e passei tanto tempo esperando por atendimento, sendo que no sábado, quando liguei para marcar o exame, colocaram o meu nome em uma ata com horário que eu deveria ser atendida que seria às 10h30 dessa terça-feira”, contou.
A reportagem questionou a Sesau (Secretária Municipal de Saúde Pública) sobre a situação contada pela paciente e os critérios de atendimento no polo. A pasta informou que a demanda no local é espontânea, sem necessidade de agendamentos. Após passar por consulta, é marcado um dia para que a pessoa que tem suspeita de COVID-19 volte e faça o exame, que pode ser o Swab ou teste rápido, dependendo do período de sintomas.
Confira a reportagem completa no caderno de cidades do jornal O Estado MS
(Texto: Raiane Carneiro/Publicado por João Fernandes)