Autoteste para a COVID já é o 2º produto mais vendido em site de farmácia

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Foto: Arquivo/Governo de MS

SAMUEL FERNANDES, DE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Um autoteste para COVID-19 é o segundo produto mais vendido nos canais digitais das Drogarias Pacheco e São Paulo (DPSP). Mais de 500 unidades foram comercializadas das cerca de 500 mil da marca Kovalent fornecidas à empresa.

Segundo nota oficial, o produto começou a ser vendido nesta semana pela internet e custa R$ 69,90. A DPSP informou que, nesta quinta (3), o autoteste deve estar disponível em farmácias físicas nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.  “A distribuição para as demais regiões dos estados acontecerá nos próximos dias”, de acordo com a nota oficial.

Os autotestes receberam autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 28 de janeiro. Mesmo assim, cada fabricante precisa entrar com um pedido diferente para receber o aval da agência. Atualmente, seis já foram autorizados. A Raiadrogasil, outra grande rede de farmácias composta pela Drogasil e Drogaraia, já comercializa o autoteste Novel Coronavírus ao preço de R$ 69,90. O produto está disponível na loja virtual das drogarias.

Presencialmente, a empresa informou que, a partir desta quinta (3), o autoteste estará disponível em cerca de 350 farmácias do estado de São Paulo. Para outros estados, a empresa afirma que a previsão é que o produto esteja disponível entre sábado (5) e domingo (6).

No início deste ano, houve um grande aumento de casos de COVID e a procura por testes rápidos de antígeno e laboratoriais dispararam. Naquela circunstância, ainda não se tinha o autoteste aprovado, mas a pressão pela liberação dos produtos aumentou.
Atualmente, há uma perspectiva de que houve uma diminuição na procura dos testes de antígenos e também nos de laboratórios.

Dados fornecidos pela Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), por exemplo, mostram que na semana do dia 24 de janeiro foram realizados em média 390 mil testes de COVID-19 em laboratórios. Depois de duas semanas, esse número caiu para aproximadamente 160 mil.

Essa percepção é reiterada por Carlos Gouvea, presidente executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial). “Eu diria que nas semanas anteriores ao Carnaval diminuiu [a realização de testes] tanto em laboratórios quanto em farmácias”, afirmou.
Mesmo assim, ele acredita que dois fatores podem impactar novamente o aumento da procura pela testagem, fazendo com que os autotestes sejam importantes. O primeiro seria em relação às aglomerações recentes do Carnaval, que podem fazer com que os casos voltem a crescer.

“A gente está num período de relativa calmaria com um foco de atenção muito grande no pós-Carnaval. E aí eu posso dizer: houve aglomeração e isso simplesmente é uma realidade […], As pessoas praticamente esqueceram que ainda existe COVID”, diz.

Além disso, Gouvea também acredita que a adoção das pessoas aos autotestes venha à medida que a população perceber que os produtos já estão prontos para serem comprados.

“Assim que as pessoas começarem a perceber que o produto está disponível e que ele pode ser facilmente adquirido, isso deve começar a gerar um aumento gradativo das procuras”, afirma.

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