Atividade física é antídoto para ansiedade

Reprodução/Unsplash

Um estudo dos maiores estudos epidemiológicos do mundo mostrou que a prática regular de atividade física reduz em cerca de 60% o risco de desenvolver ansiedade. O impacto parece ser especialmente benéfico para mulheres, segundo os resultados publicados na revista científica Frontiers in Psychiatry.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores na Suécia analisaram dados de quase 400 mil pessoas que participaram da maior corrida de esqui cross-country do mundo, a Vasaloppet.

“Descobrimos que o grupo com um estilo de vida mais ativo teve um risco quase 60% menor de desenvolver transtornos de ansiedade ao longo de um período de acompanhamento de até 21 anos. Essa associação entre um estilo de vida fisicamente ativo e um menor risco de ansiedade foi observada em homens e mulheres” disseram as pesquisadoras Martine Svensson e Tomas Deierborg, ambas do Departamento de Ciências Médicas Experimentais da Universidade de Lund, na Suécia.

Embora o desempenho de um esquiador não pareça afetar o risco de desenvolver ansiedade, os pesquisadores observaram que as mulheres com melhor desempenho no esporte apresentavam quase o dobro do risco de desenvolver transtornos de ansiedade em comparação com aquelas em um nível de desempenho inferior.

No entanto, mesmo entre esse grupo, o risco total de desenvolver ansiedade ainda era menor do que entre as mulheres fisicamente inativas na população em geral.

Estima-se que os transtornos de ansiedade – que normalmente se desenvolvem no início da vida de uma pessoa – afetem aproximadamente 10% da população mundial e sejam duas vezes mais comuns em mulheres do que em homens.

Embora o exercício seja apresentado como uma estratégia promissora para o tratamento da ansiedade, pouco se sabe sobre o impacto da dose, intensidade ou nível de aptidão física do exercício sobre o risco de desenvolver transtornos de ansiedade.

Por fim, os pesquisadores ressaltaram também que o fato da atividade ser praticada ao ar livre pode ter um impacto positivo nestes índices. Sendo que diversos estudos mostram que o contato com a natureza é benéfico para o bem-estar e a saúde mental.

(Com informações da revista VEJA)

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