Pessoas com mobilidade reduzida comemoram avanços e afirmam que Reviva lhes deu uma nova chance
Após o término das obras de revitalização do programa Reviva Campo Grande, não só a 14 de julho, mas também as ruas do entorno ganharam ainda mais força e, com isso, um incremento no número maior de transeuntes que por ali passam diariamente. A via idealizada para dar voz aos pedestres, representa para os que possuem dificuldades de mobilidade um avanço rumo ao respeito e a uma maior conscientização.
Segundo a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), pelo menos 10 semáforos para pedestres foram instalados no Centro da Capital, com destaque para a ferramenta conhecida como “botoeira”, que transmite informações sonoras para deficientes visuais, e um tempo exclusivo para se atravessar a via.
Fernando Caetano, da Gerência de Sinalização Semafórica da Agetran, contou que a ideia da implantação dos semáforos surgiu de uma necessidade relatada pelos próprios pedestres. “A nossa intenção é a de possibilitar o bem-estar dos pedestres. Por isso, estamos ouvindo as pessoas. Temos 11 semáforos instalados, destes 10 são para pedestres. Eles estão funcionando com um período de 13 segundos, mas ainda estamos levantando informações para comprovar se realmente o tempo é o necessário e se novas modificações precisam ser realizadas”, pontua.
Na prática, se um pedestre espera o sinaleiro fechar para atravessar na esquina da rua Maracaju com a rua 14 de Julho, por exemplo. O semáforo fica fechado para todos os carros durante 13 segundos, tempo destinado aos pedestres. Embora, a antiga 14 de julho já tivesse um grande fluxo de transeuntes, o local não contava com o sistema de semáforos para pedestres.
O especialista destaca que é necessário reeducar e analisar tanto os pedestres, quanto os motoristas. Se para alguns o Reviva trouxe esperança, para aqueles que possuem algum tipo de dificuldade de mobilidade, seja ela temporária ou permanente, o projeto representa a chance de ter voz, e um lugar onde seus direitos estão sendo garantidos, segundo David Marques, coordenador de apoio à pessoa com deficiência.
(Texto: Michelly Perez com edição de Lyanny Yrigoyen)