Campo Grande está prestes a inaugurar a Casa Rosa, um projeto encabeçado pelo vereador Dr. Victor Rocha que prestará atendimento integrado e resolutivo nas consultas em prol da saúde da mulher. O início dos atendimentos será dia 11 de novembro, em estrutura montada na maternidade Cândido Mariano.
Nesta terça-feira (26), a professora Marluci Brasil de Castro utilizou a Tribuna da Câmara dos Vereadores para falar sobre sua luta contra o câncer de mama. Em seu relato emocionado, ela ressaltou a importância dos exames de rotina e o diagnóstico precoce da doença.
“Eu sou uma sobrevivente, posso dizer isso com todas as letras. Quem tem câncer, tem duas opções: ou você tem o câncer, ou o câncer tem você. Eu decidi que eu tinha o câncer, ele não me tinha. Por isso, é tão importante a prevenção. Por isso, é tão importante o diagnóstico precoce da doença, a investigação. Por isso é importante a presença da família, dos amigos, da área médica”, disse Marluci.
A proposta da Casa Rosa é proporcionar que mulheres atendidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) tenham acesso completo à saúde, principalmente na prevenção ao câncer de mama. “Na Casa Rosa será possível passar pela consulta com mastologista, fazer exame e, se for detectado nódulo, já passar pela biópsia. Tudo no mesmo dia”, explica o vereador que também é médico mastologista.
O início dos atendimentos será no dia 11 de novembro, a partir das 13h. Neste dia serão disponibilizadas 40 vagas de atendimento e, no dia seguinte, outras 40 mulheres poderão ser atendidas. No espaço, cedido pela Maternidade Cândido Mariano, haverá cinco consultórios, mamografia e ultrassonografia. No dia 29 de outubro a Casa Rosa será aberta à imprensa.
O câncer de mama é o que mais atinge mulheres no Brasil e é por isso que a conscientização durante o Outubro Rosa é sempre importante. Em 2020 foram registrados 66.280 mil casos novos da doença no Brasil e 850 casos novos no Mato Grosso do Sul, com taxa estimada de 17,12 casos para cada 100 mil mulheres, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer).
“O que se passa na cabeça de um condenado à morte? O que se passa na cabeça de uma mulher que está sendo arrancada de si, a dignidade de ser mulher? O que se passa na cabeça de uma pessoa que recebe o diagnóstico de câncer? Não passa o medo da morte. O que passa na nossa cabeça é o tempo que ainda teremos de vida, o que podemos fazer daquilo que ainda não foi feito, e o que podemos refazer daquilo que já foi feito”, finalizou a professora em seu discurso.