FABRÍCIO DE CASTRO
BRASÍLIA, DF (UOL-FOLHAPRESS) – A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou neste domingo (19), por meio de nota, que solicitou proteção policial para servidores e diretores envolvidos na aprovação do uso da vacina da Pfizer contra a COVID-19 em crianças de 5 a 11 anos. Após o anúncio da agência, ocorrido na quinta-feira (17), o presidente da República, Jair Bolsonaro, defendeu a divulgação dos nomes dos profissionais envolvidos na aprovação.
Conforme a Anvisa, nas últimas 24 horas foram intensificadas as ameaças de violência contra os servidores nas redes sociais. Em reação, a agência decidiu reiterar os pedidos de proteção policial, que já haviam sido feitos em novembro, quando ocorreram as primeiras ameaças relacionadas à vacinação de crianças.
A Anvisa encaminhou um ofício ao procurador-geral da República, Augusto Aras.
De acordo com a Anvisa, os diretores e servidores que participaram da indicação do uso da vacina para crianças entre 5 e 11 anos foram surpreendidos no sábado por “publicações nas mídias sociais na internet de ameaças, intimidações e ofensas por conta da referida decisão técnica da agência”. Na nota, a Anvisa afirmou ainda que isso aumentou “a preocupação e o receio dos diretores e servidores quanto à sua integridade física e de suas famílias”.