Em resposta ao decreto do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que determinava o isolamento do Estado por 15 dias para evitar o aumento da circulação do novo coronavírus, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirmou na noite de quinta-feira (19) que fechar aeroportos a voos nacionais e internacionais é atribuição da União.
Para impedir a circulação da doença, o governador do Rio de Janeiro decretou o fechamento dos aeroportos do estado, a partir da meia-noite de sábado (21), a passageiros que venham de estados ou países com a circulação do coronavírus, o que inclui voos nacionais e internacionais.
O próprio decreto previa que o isolamento necessitava de ratificação da Anac, que indicou por meio de nota que a medida poderia causar prejuízos ao próprio combate à epidemia.
“Vale esclarecer, ainda, que a interdição de um aeroporto não é uma conduta indicada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) neste momento e pode prejudicar de forma irresponsável o deslocamento de pessoas, profissionais de saúde, vacinas, órgãos para transplante e até insumos para medicamentos para os estados brasileiros”, diz a nota, que acrescenta: “A Anac seguirá sempre as determinações das autoridades federais que possuem a competência para tratar do assunto e que pautam suas ações no máximo cuidado com a população”.
A agência reguladora explicou que, no que diz respeito a questões fitossanitárias, como uma epidemia, a determinação de fechar aeroportos deve seguir orientações do Ministério da Saúde e Anvisa.
“Segundo a Constituição Federal, aeroportos são bens públicos da União Federal, atendendo a interesse de toda a nação, além das localidades imediatamente servidas“, argumenta a Anac, que aproveitou o comunicado para reforçar a necessidade de utilização de equipamentos de proteção (luvas e máscaras) a todos os agentes que atuam nos aeroportos, além de reiterar a orientação para a higienização das aeronaves e tripulação.
(Texto: Poder 360)