Águas Guariroba destaca desafios de manter ‘caixa’ com inadimplência

Desde março, a concessionária cumpre decreto municipal de não cortar o fornecimento de água

Com a publicação no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) de quarta-feira (4), a prefeitura prorrogou até o dia 30 de novembro deste ano a proibição de corte no serviço de fornecimento de água na Capital, em virtude da pandemia do novo coronavírus. Mesmo cumprindo decreto há quase oito meses, a Águas de Guariroba destacou as dificuldades em manter o caixa com o aumento de inadimplentes.

Desde o dia 18 de março a prefeitura suspendeu o corte de água na cidade, a medida vem sendo adotada para auxiliar famílias que tiveram a renda prejudicada pela pandemia da COVID-19. As determinações do decreto 14.383, de 16 de julho de 2020, foram prorrogados por mais 30 dias.

As contas que venceram dentro do período de vigência da medida podem ser parcelados em até 36 vezes, sem cobrança de juros e correção monetária. Apesar de entender a necessidade do decreto e cumpri-lo neste momento desafiador para conter o avanço do coronavírus, contudo, diante das medidas municipais que impedem eventuais cortes, a empresa Águas de Guariroba reconhece o aumento de inadimplentes neste período de pandemia, e destaca dificuldades.

“Os atrasos aumentaram muito depois da pandemia, parte da população aproveitou o decreto deixando de lado o pagamento da conta de água, assim como outras contas, com isso diminui o meu caixa, dificultando manter a empresa em pé”, comentou o diretor-presidente da Águas de Guariroba, Themis Oliveira.

Ainda segundo ele, a conta de energia não aguarda o pagamento, assim como o produto químico, e demais manutenções. “Acredito que essa é a única concessão no Estado que está com essa proibição ainda, e eu tenho que continuar atendendo minhas demandas com um caixa menor”, enfatizou.

Mesmo sem saber por quanto tempo mais a determinação deve permanecer, o diretor-presidente ressalta que vem cumprindo o decreto. “Não sabemos se será prorrogado novamente, mas todo mês sento com a prefeitura para tentar entender a posição deles, discorreu.

(Texto: Dayane Medina)

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