O segurado pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e portador de deficiência psiquiátrica, Sidney de Souza, 53, se deslocou ontem (19), de Terenos até Campo Grande, diretamente ao Banco Mercantil do Brasil e ficou por mais de 4h esperando receber seu benefício do Auxílio Doença Rural, que foi despachado com o valor menor que o devido.
De acordo com a advogada Maryluza Arruda de Oliveira, o maior problema foi por conta do idoso ter depressão aguda e ansiedade generalizada, o que ocasionou um ataque de pânico em seu cliente dentro do prédio bancário da Capital.
Além disso, a doutora alegou que seu cliente recebeu um valor do benefício menor, visto que o idoso deveria receber o retroativo de meses anteriores.
Conforme o relato da advogada, os atendentes não respeitaram o acompanhamento da advogada com seu cliente. Segundo ela, isso é um absurdo, pois o impedimento de acompanhá-lo vai contra o Estatuto do Advogado.
“Os segurados são pessoas simples e muitas vezes analfabetos, não assimilando informações e podendo causar confusões. O advogado pode e deve acompanhar o seu cliente em todas as repartições públicas ou privadas afim de defendê-lo”, afirmou.
Depois de viajar até a Capital, Sidney chegou ao banco para solicitar seu benefício durante o horário de almoço, mas acabou se deparando com apenas três funcionários revezando o atendimento, que demorou mais de 4 horas para ser realizado.
“Tive que ficar conversando com ele até que se acalmasse. Até que ponto a parceria da previdência social com o banco é lucrativo para os segurados?”, protestou a advogada exigindo mais respeito com a população idosa e pessoas portadoras de enfermidades graves.