As ações da mineradora Vale atingiram nesta sexta-feira uma máxima desde o rompimento de uma de suas barragens em Brumadinho, em 25 de janeiro, após o conselho de administração da empresa ter aprovado na véspera juros sobre capital próprio (JCP) no valor de 7,25 bilhões de reais, ou 1,414 real por ação.
A empresa ressaltou, no entanto, que a aprovação dos juros sobre capital próprio, um tipo de distribuição de recursos aos acionistas, “não modifica a decisão do Conselho de Administração de suspender a política de remuneração ao acionista”, de acordo com a ata, divulgada na quinta-feira.
A mineradora decidiu suspender pagamentos de dividendos e remuneração aos acionistas em 28 de janeiro, após o colapso da barragem. Bônus para executivos também foram suspensos. Questionada pela Reuters nesta sexta-feira sobre o motivo da aprovação, apesar da suspensão de pagamentos, a empresa afirmou que “a declaração foi feita com base no dever fiduciário de aproveitamento fiscal, dado que o fato gerador deveria ocorrer ainda em 2019”.
As ações da Vale estão agora a pouco mais de 1 real da cotação de fechamento na véspera do desastre de Brumadinho, quando alcançaram 56,15 reais. Os papéis da mineradora brasileira acumulam alta de cerca de 16% nos últimos 24 dias. No ano, as ações têm ganho acumulado de 7,5%.
(Texto: Lyanny Yrigoyen com Extra e Reuters)