Por Kamila Alcântra – Jornal O Estado de MS
Com a finalização da padronização das calçadas, drenagem e parte do recapeamento, as obras do Reviva caminham para o fim, que deve acontecer no dia 31 de agosto. Segundo a subsecretária municipal de Planejamento e Projetos Estratégicos, Catiana Sabadin, que coordena o Reviva, a pior parte já passou e a população pode ficar tranquila que os transtornos estão perto no fim “faltam só dois meses”.
Em entrevista ao O Estado MS, Catiana reforçou o divulgado pela Prefeitura um mês atrás, que as vias ainda vão receber paisagismo, mobiliário urbano, videomonitoramento, wi-fi gratuito, iluminação em Led, além de estações de embarque e desembarque na Rua Rui Barbosa. Lembrando que essas obras atendem o quadrilátero das avenidas Fernando Corrêa da Costa até Mato Grosso e Calógeras até a José Antônio.
“Vamos entregar esse quadrilátero até 31 de agosto, que será um mês com entregas de obras em toda cidade, em comemoração ao aniversário de Campo Grande. Se faltar alguma coisa será mais do paisagismo, nada que possa causar transtornos”, reforça a coordenadora.
As obras no Centro estão sendo motivo de muita reclamação, principalmente dos motoristas, mas Catiana pede um pouco mais de paciência da população.
“A obra está seguindo o cronograma estabelecido, o serviço está andando bem. Pedimos só mais um pouco de paciência da população, faltam só dois meses. Estamos nos esforçando para comunicar as pessoas com antecedência organizar melhor o fluxo de veículos”, destaca.
Outro ponto que a coordenadora considerou é que as construções de corredores de ônibus não fazem parte do Reviva, é outro investimento. As reformas na Calógeras e Bahia são do mesmo pacote das que acontecem na Bandeirantes e Brilhante, ou seja, seguem outro cronograma de entrega.
As reclamações relacionadas a obra não vem só dos motoristas. Os comerciantes dizem amargar perda de quase 60% dos clientes, pois saíram da pandemia e já “caíram” desde o início das obas na região central. Para quem trabalha na Rui Barbosa, entre as ruas Dom Aquino e Marechal Rondon, onde está sendo construído um ponto de ônibus ao lado esquerdo, não há mais esperanças para melhorias.
Há 11 anos no mesmo ponto, o proprietário de lanchonete Sérgio Borba, 54 anos, diz que faltou diálogo entre os empresários e Prefeitura. “Eles não nos perguntam qual período é de menor movimento ou como seria menos prejudicial, só mandam um comunicado e fazem. O que mais nos incomoda é a grande quantidade de pessoas nessa obra e mesmo assim ela demora. Uma calçada, que dizem fazer em dez dias, demora mais de um mês”, desabafa Sérgio.
Já a responsável por um restaurante localizado na Dom Aquino, Érica Carla Rodrigues, 48, reconhece que os transtornos foram muitos, mas que após o término da reforma achou vantajoso e já colhe os benefícios do investimento na região com a retomada do público e das vendas.
“Foi um transtorno necessário, porque precisamos evoluir, não podemos ficar para sempre com o Centro da cidade se acabando. É complicado, entendo as reclamações, mas será para o nosso melhor”, acredita Érica.
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