Campo Grande completa mais um ano de expansão sem deixar de lado a tradição sociocultural

Mesmo diante de uma pandemia que mudou a vida de muitas pessoas, Campo Grande tem muito que comemorar neste dia 26 de agosto. Completando 121 anos de emancipação política, o município traz na sua bagagem histórica e bem consolidada, o exemplo do crescimento expansivo sem deixar de lado a valorização da tradição.

Dia especial aos campo-grandenses, nada como relembrar onde tudo começou e através de poucas palavras, apresentar ao mundo, Campo Grande, hoje considerada uma das cidades mais queridas do Brasil.

Para o deputado estadual Coronel David (sem partido), hoje é comemorado 121 anos de história e progresso. “A cada ano que passa percebemos sua evolução, sem perder a sua beleza ímpar. Sempre trabalharei em prol de todos desta cidade que está em meu coração. Afinal, foi aqui que nasci e constituí minha família”, comemora.

O nome diz tudo: Campo Grande tem 8.082,978 km² de área territorial por ocupar um espaço geográfico privilegiado, na região central de Mato Grosso do Sul, onde os elementos básicos da natureza são fatores imprescindíveis a população local.

Tudo na cidade, também conhecida como a “Cidade Morena” de clima bastante tropical e solo avermelhado remete a sua história. A avenida principal no coração do município, os bairros históricos, os parques e o verde em plena região central, os museus, o comércio e o modo de vida simples com referência do interior pantaneiro moldado por uma diversidade de costumes, preserva seus traços e costumes históricos que fazem questão de manter fielmente tradições trazidas pelos imigrantes no passado.

HISTÓRIA

Campo Grande foi fundada pelo mineiro José Antônio Pereira, que chegou por comitiva à cidade em 21 de junho de 1872 e se estabeleceu na confluência dos córregos Prosa e Segredo, segundo o Arca (Arquivo Histórico de Campo Grande).

A localidade passou à condição de município mais tarde em 1889, com o nome de Santo Antônio de Campo Grande e mais tarde somente Campo Grande.

E a história não para por aí. A chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil em 1914 foi um marco no progresso da cidade, que passou a ter ligação com Bauru no interior de São Paulo. Com o trem, veio também a instalação do 5° Regimento de Artilharia Montada e, sete anos depois, a sede da Circunscrição Militar de Mato Grosso.

Foi em 1934 que a Liga Sul-Mato-Grossense, criou o movimento que lutou pela divisão e na época, reuniu mais de 13 mil assinaturas no documento que pedia a separação do Estado.

Segundo o Arca, os estudos para a divisão começaram em 1975 por recomendação do presidente Ernesto Geisel. A decisão saiu dois anos depois e Campo Grande foi escolhida como a Capital de Mato Grosso do Sul enquanto Cuiabá ficou como sede em Mato Grosso.

Para o Coronel David, José Antônio Pereira, veio para cá em busca de terras férteis e não podia estar mais certo quando escolheu esta região. “O maior fruto desta cidade são os próprios campo-grandenses. Pessoas trabalhadoras e sempre com um sorriso que colocam nossa cidade como um dos grandes centros de nossa nação. Parabéns Campo Grande, parabéns Cidade Morena. É uma honra fazer parte desta história”, ressalta.

POPULAÇÃO

Os campo-grandenses têm a sua melhor definição, pois representam povos migratórios que escolheram o centro-oeste brasileiro como lar definitivo. São japoneses, libaneses, italianos, paraguaios, além de brasileiros como os gaúchos, paulistas e mineiros. Mistura de culturas que soma 895.982 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019.

COMÉRCIO E GASTRONOMIA

Campo Grande tem um comércio forte que não é apenas focado no centro da cidade. Em quase todos os bairros, é possível encontrar serviços essenciais e de qualidade que suprem a população. Mesmo com a pandemia e os estabelecimentos com horários flexibilizados, a economia continua firme combatendo a crise dos últimos meses.

A cidade também é conhecida por valorizar a boa culinária, as artes, a música regional e os monumentos que retratam a fauna do Cerrado e do Pantanal. A herança dos costumes de diferentes regiões deu a cidade uma identidade legítima sul-mato-grossense.

Na Cidade Morena, é possível reunir o famoso sobá, a sopa paraguaia, o churrasco com mandioca, o porco no rolete, a linguiça típica do sudoeste, o peixe à pantaneira, o arroz com guariroba ou com pequi herdado dos goianos, que podem ser encontrados na Feira Central e no Mercadão Municipal, tudo isso depois de uma sessão de tereré, a bebida mais popular e consumida entre os campo-grandenses.

TURISMO

Por ser um município que conta muitas histórias, mesmo passando por mudanças, Campo Grande sempre manteve a sua originalidade nos principais pontos turísticos.

Nos parques é possível contemplar a natureza e, ao mesmo tempo estar no meio da rotina de uma cidade que não para. O parque das Nações Indígenas é o espaço de lazer, saúde e calmaria bem localizado no centro, porém neste ano está fechado por conta da pandemia e passa por reformas. É no Horto Florestal o ponto de encontro da melhor idade para relembrar os velhos tempos.

As praças são bastante procuradas pelas pessoas nos momentos de lazer e é onde todos se encontram. A Ary Coelho no coração de Campo Grande encanta todos que passam pelo grande chafariz, a do Rádio Clube na avenida Afonso Pena com a rua Pedro Celestino tem grande memorial da época. A praça Pantaneira é retrato das aves do pantanal sul-mato-grossense e fica localizada na rua 25 de Dezembro ao lado da prefeitura municipal. A das Araras que também é de esculturas pantaneiras, alegra turistas com a sua originalidade. Ela fica no cruzamento da rua Dom Aquino, no bairro Amambaí.

Quem passa pela cidade precisa conhecer os principais monumentos históricos. O Relógio da 14, hoje em novo formato de protótipo, traz as lembranças do primeiro que se tornou símbolo do progresso e do processo de urbanização em meados de 1933, segundo a prefeitura. Ele foi instalado no mesmo lugar do antigo, na rua 14 de Julho no cruzamento com a avenida Afonso Pena. No entanto, a réplica do relógio original que foi designada à avenida Calógeras continua no mesmo local.

O Obelisco foi criado em homenagem a José Antônio Pereira em 1993 que traz o medalhão com a efígie do fundador da cidade é um dos locais mais históricos e originais do município. Ele está localizado na rua de mesmo nome (José Antônio), também na região central.

Mais recente do que os outros, Maria Fumaça é uma das melhores lembranças dos campo-grandenses que viveram na época do trem na cidade. O monumento, foi inaugurado em 2018 no espaço da Orla Ferroviária, na avenida Mato Grosso. A estrutura tem 5 metros de altura, 20 de comprimento e cerca de 20 toneladas. A reprodução do trem é suspensa num balanço, que dá a impressão que está levantando voo.

O Autocine — primeiro cinema da cidade — também faz parte da essência de Campo Grande, que após anos sem funcionar, neste ano traz alegria para as famílias que assistem a filmes no modo cine drive – in.

Levando em consideração tudo isso, além da possibilidade e o privilégio de contemplar animais na natureza, ir de um lugar ao outro de bicicleta e vislumbrar no horizonte, prédios indicando o progresso urbano e socioeconômico, Campo Grande é hoje um dos melhores lugares para viver.

(Texto: Assessoria)

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