As doses da vacina preventiva contra a gripe podem ser reservadas pelo Portal do Beneficiário
Pelo oitavo ano consecutivo, a Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) abre agendamento para reserva de doses da “Campanha de Vacinação Antigripe 2020”, que pode ser feita até o dia 30 de novembro deste ano. O beneficiário interessado em se vacinar ainda pode fazer a sua reserva pelo Portal do Beneficiário (beneficiario.cassems.com.br). O valor de cada dose é de R$70,00 e apenas o usuário titular do plano de saúde poderá garantir a sua dose e do seu grupo familiar. Para tirar dúvidas, o beneficiário deve ligar na Central de Atendimento (67) 3314-1010.
O objetivo da campanha é reduzir as internações decorrentes das infecções causadas pelo vírus influenza e a vacina oferecida pela Cassems protege contra os diversos subtipos do vírus da H1N1 e, na Caixa dos Servidores, pode ser tomada a partir dos três anos de idade. O Sistema Único de Saúde (SUS) distribui a vacina apenas para crianças menores de dois anos, gestantes e idosos acima de 60 anos, considerados grupos de risco. Dessa forma, uma grande parcela da população fica vulnerável ao vírus e suas consequências no período de inverno.
A médica infectologista, Marcia Dal Fabbro, explica que a vacina contra a gripe é atualizada anualmente, pois os vírus passam por mutações. “A composição das substâncias da vacina também são atualizadas, após uma análise dos vírus que circularam no último ano”.
Para os beneficiários da Cassems, será oferecida a vacina quadrivalente, que possui duas cepas do vírus A e duas cepas do Vírus B. Marcia afirma que essa substância garante mais ainda a segurança dos pacientes. “A vacina quadrivalente tem quatro sorotipos em sua composição, então, as pessoas que tomam essa dose tem um pouco mais de proteção da gripe”.
O vírus da gripe é altamente contagioso por meio de secreções, espirros e mãos contaminadas. De acordo com a médica infectologista, por este motivo, é importante que toda a família faça uso da vacina para se proteger. “Quem está doente da gripe pode, facilmente, passar a doença para um familiar. Então, todos da família deveriam estar protegidos, principalmente, pessoas que tem uma doença como o câncer, que usam imunomoduladores ou quem tem a imunidade baixa. A família deve tomar muito cuidado e não trazer o vírus para dentro de casa”.
As contraindicações para a vacina são poucas e, antes do indivíduo decidir por adiar ou não tomar a dose, é fundamental que consulte um médico de referência, conforme apontado por Marcia Dal Fabbro. “Se o paciente tiver uma infecção aguda, por exemplo, a vacina é adiada. No entanto, as contraindicações são mínimas, esses pacientes devem ter a recomendação do próprios profissionais que cuidam deles”.
Além de informações precipitadas, alguns mitos cercam a questão da vacinação, como que o indivíduo necessariamente pega gripe após tomar a dose. Sobre isso, a médica infectologista esclarece que a informação não é verdadeira.
“A vacina leva um tempo para dar proteção, que inicia-se após 15 dias do consumo da dose. Se, nesse período, o indivíduo entra em contato com alguém que tem gripe, a vacina ainda não garante a imunidade. Então, as pessoas acham que pegaram gripe por causa da imunização, mas, às vezes, também pode ser um outro vírus. Além disso, existe a possibilidade de ser um quadro gripal ou um resfriado, e os sintomas serem confundidos com a gripe”.
A orientação da médica é para que, mesmo em meio aos compromissos do cotidiano, a família mantenha o compromisso com uma boa higiene, para combater não apenas o vírus da gripe, mas outras patologias. “Alguns métodos são importantes, como lavar as mãos, não levar as mãos sujas à boca ou aos olhos e levar sempre um álcool gel na bolsa para desinfetar as mãos”.
Com as crianças, o cuidado com a prevenção deve ser o mesmo e os responsáveis podem contribuir para passar segurança aos seus filhos. “A família pode se vacinar em conjunto para encorajar os pequenos. Além disso, é preciso explicar para a criança que, apesar da dor, a vacina é uma medida em prol da saúde. É comum que alguns pais falem sobre injeção para ameaçar os seus filhos, então, a criança alimenta esse medo. É importante expor que a dor existe durante o procedimento, mas é rápida”.
A médica infectologista salienta, ainda, que, nos últimos anos, a Internet promoveu algumas notícias falsas a respeito da vacinação, o que inibe alguns pacientes de realizarem o procedimento e oferecem consequências a longo prazo. Desta forma, ela orienta para que as pessoas tenham cuidado com as informações que circulam nas redes sociais.
“Na Internet, as informações se perdem. Então, antes de curtir e compartilhar algo, é importante perguntar a respeito disso para um profissional. A vacina não causa dano nenhum, ao contrário, ela protege. Essa é a melhor prevenção para algumas doenças que existem, foram erradicadas e vimos voltar, como o sarampo, por exemplo”.
A Cassems realiza a campanha de agendamento de vacina antivírus há oito anos. Sendo um plano de saúde que se compromete com a medicina preventiva, um dos focos da Caixa dos Servidores é prevenir as patologias por meio de ações antecipadas, ao invés de curá-las ou tratar os seus sintomas. Também, a manutenção da saúde é uma prioridade, para que os beneficiários e seus familiares não abram margem para as danosas consequências de determinadas doenças.
A diretora de Assistência à Saúde da Cassems, Maria Auxiliadora Budib, explica que os servidores do estado, público-alvo do plano de saúde, vivem constantemente expostos à possíveis infecções.
“Temos muitos beneficiários que estão fora da cobertura de risco, mas que convivem em ambientes fechados. São servidores públicos, às vezes, em uma mesma sala há vários trabalhando juntos e isso leva ao maior risco de transmissão. É o caso, por exemplo, do professor em sala de aula ou do policial que trabalha na madrugada. Então, a Cassems edifica a campanha para trabalhar o maior número de pessoas possível”.
Ainda, a diretora de Assistência à Saúde reitera a importância de que os beneficiários e seus familiares busquem pela vacina para se proteger da gripe H1N1. “Na evidência médica e científica, toda a literatura fala a favor da vacinação. Então, mesmo quando uma pessoa não se vacina porque a doença já foi erradicada, ela conta com a cobertura vacinal da sua comunidade. No entanto, recentemente, vimos o retorno do sarampo como um drama em relação à falta de prevenção em saúde”.
O risco de morte também é uma preocupação do plano de saúde, que se atenta para as consequências do agravamento da gripe, conforme apontado pela diretora de Assistência à Saúde. “A gripe pode evoluir para quadros mais graves, por isso é a responsável pela morte de milhares de pessoas, todos os anos, em razão da baixa imunidade, ou em decorrência do surgimento de outras doenças, como pneumonias. Além disso, surtos epidêmicos e endêmicos provocados por novas linhagens do vírus também são capazes de causar um número significativo de mortes”.
(Texto: Danilo Galvão com informações de Assessoria)