O que é síndrome das mãos inchadas

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Muitas pessoas já perceberam que ao fazer caminhadas ou outro exercício físico, uma das mãos ou ambas, está inchada ou somente os dedos. Como as causas da mão inchada podem ser múltiplas, é chamada de síndrome da mão inchada.

 

QUAIS AS CAUSAS PROVÁVEIS E O QUE FAZER?

Citaremos algumas das causas, que vemos com maior frequência:

 

ATIVIDADE FÍSICA – ao realizarmos caminhadas prolongadas ou corridas, por exemplo, é comum percebermos uma das mãos ou as duas inchadas, toda ela ou somente os dedos. Isto ocorre porque os braços estão pendentes e o próprios exercício faz com que os vasos se dilatem e o plasma vai para o meio dos tecidos, causando o inchaço (edema). Isto ocorre com todas pessoas, piorando naquelas com outros problemas de saúde. Como evitar ou diminuir esse inchaço?

Durante a realização do exercício, levante os braços e faça movimentos de fechar e abrir as mãos, repetidas vezes

 

– HÁBITO DE USAR SAL EM EXCESSO – o sal no organismo retém água, além de aumentar a pressão arterial, levando ao edema das mãos e dos pés. A recomendação da Organização Mundial de Saúde é de 5 gramas de sal de cozinha por dia, o que equivale a 2 gramas de cloreto de sódio por dia

 

RECOMENDAÇÃO

Reduzir a quantidade do uso diário do sal ou evitar o seu uso.

 

– ALTERAÇÃO DAS VEIAS OU DOS VASOS LINFÁTICOS DOS BRAÇOS as veias servem para levar de volta ao coração o sangue que foi levado até a ponta dos dedos, pelas artérias. Quando ocorre dessas veias ou dos vasos linfáticos perderem a capacidade de drenar o sangue de volta, este se acumula nas extremidades, levando ao inchaço das mãos.

 

O QUE FAZER?

Nesse caso, deve-se procurar um médico para avaliação e, se necessário, prescrever medicamentos para ajudar no retorno do sangue. Outra medida que ajuda muito é, com frequência, levantar os braços, exercitar as mãos, abrindo e fechando. Recomenda-se também a realização de drenagem linfática

 

– REAÇÃO ALÉRGICA pode ocorrer de o indivíduo manusear substância para a qual ele seja alérgico ou à picada de inseto, o que leva ao inchaço.

 

O QUE FAZER? 

Procurar um médico que irá medicá-lo com antialérgicos de uso oral e cremes ou pomadas para uso local.

 – QUANDO ALÉM DO INCHAÇO TEM DOR NAS MÃOS – nesses casos, existe a possibilidade de o inchaço ser um quadro inflamatório, decorrente de uma doença reumática, como a artrite reumatoide ou de uma trombose venosa dos braços.

 

RECOMENDAÇÃO 

Procure um médico o mais breve possível, para exame clínico, laboratorial, diagnóstico e tratamento. 

– SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO – é uma síndrome que ocorre quando o nervo mediano, que passa pelo punho, está sofrendo algum tipo de dano. O paciente se queixa de que, após algum tempo, com os braços em repouso, à noite, durante o sono, por exemplo, sente dor em uma ou em ambas as mãos, acompanhada de formigamento ou dormência e dor intensa. Esta síndrome ocorre em gestantes, pacientes diabéticos, hipertensos, artrite reumatoide, após traumatismos do punho, em alguns tipos de câncer etc.

 

O QUE FAZER? 

De imediato, no momento dos sintomas, movimentar os braços para cima e para baixo e fechar e abrir as mãos. Em seguida, procure um médico para que possa identificar a causa e prescrever o tratamento adequado.

 – QUANDO ALÉM DO INCHAÇO E DA DOR TEM VERMELHIDÃO – sinal de alerta! Porque pode ser de causa infecciosa, decorrente de uma lesão na mãos ou nas unhas (cutícula ou abaixo da unha). Nesses casos, pode ocorrer febre e mal estar.

 

RECOMENDAÇÃO 

Procurar imediatamente um médico para examinar e tratar. Evite se automedicar! Listamos aqui algumas das possíveis causas do inchaço em mãos. Como podemos ver, o inchaço nas mãos pode ter causas que ocorrem sem maior gravidade, mas também pode ser prenúncio de uma doença sistêmica. 

Na dúvida, procure sempre um médico para lhe ajudar.

 

Professor titular da Famed da UFMS, professor do curso de pós-graduação de saúde e desenvolvimento do CentroOeste, da UFMS; coordenador do programa de residência médica em reumatologia, do Humap/Ebserh/UFMS; titular da cadeira 23, da Academia Brasileira de Reumatologia. 

 

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