Coluna: Entre Linhas, com Gabriel Pollon
No dia 7 de outubro ocorreu o ataque terrorista em Israel. Não é demais comparar o recente ataque ao 11 de setembro americano, e a pergunta que fica é: o Hamas teria agido sozinho?
Importante observar que uma ação terrorista internacional dessa magnitude não seria possível sem a atuação de outros atores internacionais.
Conforme noticiado no “The Wall Street Journal” – “O Irã ajudou a planejar um ataque a Israel durante várias semanas, o corpo da guarda revolucionária islâmico deu luz verde final na segunda feira, dia 3, em Beirute.”
Corroborando esse raciocínio, o analista político José Carlos Sepulveda assevera que “é muito difícil que um grupo terrorista consiga fazer ações de impacto internacional se não tiver nas suas costas alguma ou algumas nações que, por causa de suas estruturas governamentais, tem um alcance muito maior do que um mero grupo terrorista”.
Ademais, informações dadas pelos próprios dirigentes do Hamas e Hezbollah dão conta de que, de fato, houve essa reunião em Beirute, dando o sinal verde para o atentado.
Além das ligações do Hamas com o governo do Irã e Hezbollah, pode se constatar o envolvimento de bastidores da Rússia, que recebeu o movimento terrorista Hamas por pelo menos três vezes em seu território, nos últimos meses, tendo o aludido movimento terrorista se reunido também com os Chechenos do Kadyrov (grupo muçulmano). Há informações de que o grupo terrorista Hamas teria recebido treinamento do grupo de mercenários Wagner, que era comandado por Prigozhin.
O que se pode perceber com a ação da qual o Hamas foi a ponta de lança é que há um reavivamento de grupos terroristas ao redor do mundo, e não podemos deixar lembrar da desastrosa retirada militar dos EUA do Afeganistão, que deixaram de mão beijada 7 bilhões de dólares em armamentos para os grupos terroristas do Oriente Médio, um poder bélico invejável.
O mundo todo assistiu, em tempo real, o que de fato é o terrorismo. O Hamas, durante sua incursão em Israel, televisionou, pelas redes sociais, a abominação por meio de cenas de estupros e assassinatos de mulheres, crianças e idosos, de maneira hedionda e impiedosa, nos fazendo lembrar que a barbárie está bem viva no mundo de hoje.
É importante lembrar que há no Brasil quem defenda o Hamas e a “causa Palestina”. É preciso que estejamos atentos, pois estes mesmos cidadãos brasileiros que gritam aos quatro ventos que “o amor venceu” estão, a plenos pulmões, defendendo os terroristas do Hamas e fazendo chacota das dezenas de mulheres estupradas em Israel, como aquele assessor parlamentar de deputado federal pelo PCdoB.
É preciso lembrar a essa geração, que acredita que palavras machucam, que o Ocidente foi construído às custas de muito sangue, que a maldade é inerente à condição humana e que a única forma de frear um homem mau, armado, é um homem bom, igualmente armado.
É preciso que estejamos alerta para defendermos o mundo civilizado, ainda que a única alternativa seja a violência.
É preciso que reconheçamos que a política de controle de armas estatal perpetrada tanto pelo governo ucraniano quanto pelo governo israelense trouxe resultados desastrosos para sua população.
Israel representa uma pilastra importante, em que os valores judaico-cristãos que regem o mundo ocidental imperam. Uma vez derrubada essa pilastra, só restará a barbárie.
“É preciso lembrar a essa geração, que acredita que palavras machucam, que o Ocidente foi construído às custas de muito sangue, que a maldade é inerente à condição humana e que é preciso que estejamos alerta para defendermos o mundo civilizado“, relatou o colunista.
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