Confira a coluna “Segredos de Estado” por Laureano Secundo

Laureano Secundo
Foto: Valentim Manieri

Feliz ano velho

O período pós-eleitoral despertou muitas desconfianças de que o próximo ano não vai ser igual ao que passou, especialmente na esfera política, tanto de Campo Grande, quanto estadual e até mesmo federal. Com tudo já estando a girar em torno da disputa de 2026, o rebuliço nos bastidores promete disputas acirradas entre grupos que já buscam espaço, seja para se manterem no poder, para chegar ao comando ou para simplesmente avançarem e terem influência na hora da decisão.

Um exemplo desta nova realidade é a briga pela Mesa Diretora da Câmara de Campo Grande, onde proliferam candidaturas a presidente e primeira-secretaria, que são os dois cargos mais importantes da Casa de Leis. Na Assembleia Legislativa, mesmo havendo um consenso em torno do nome do atual presidente, deputado Gerson Claro (PP), a briga pela primeira-secretaria já tem três nomes e pode até ter mais um que desistiu, mas que pode voltar à carga diante do impasse.

No PL

O ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) parece disposto a assumir o comando do PL em Mato Grosso do Sul conforme acordo que fez com o ex-presidente Jair Bolsonaro. As felicitações que enviou ao futuro presidente dos EUA, Donald Trump foram entendidas como uma confirmação da filiação.

Mais política

O governador Eduardo Riedel pode alterar o perfil do seu secretariado para os próximos dois anos de mandato, passando a aumentar o número de políticos nas pastas que eram ocupadas exclusivamente por titulares com perfil técnico. Esta mudança é uma estratégia já com vistas às eleições de 2026.

Laços do passado

O vereador eleito Marquinhos Trad único do PDT, já começa uma aproximação com seus colegas de Legislativo, Jamal Salem e Junior Coringa, este do seu antigo partido e agora no MDB e com isso volta a ficar próximo de André Puccinelli, com quem rompeu para disputar a eleição de 2016 para prefeito de Campo Grande.

No ninho

O deputado federal Dagoberto Nogueira já dá fortes sinais de que não pretende deixar o PSDB rumo ao PL ou PP. Com o possível esvaziamento do ninho, ele espera assumir o controle da sigla que poderá se fundir com o MDB, Podemos e Cidadania ou até mesmo permanecer a exatamente como está.

Novo caminho

Outro deputado federal que não pretende seguir o mesmo caminho de Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja é Geraldo Resende que, conforme dizem nos bastidores teria dois caminhos, o MDB ou o PSB. Resende não esconde de ninguém que não se sentiria a vontade em uma sigla de Direita como são o PP e o PL.

Enxugar a máquina

Uma drástica redução no número de secretarias e cortes no número de cargos comissionados é que já começa a ser esboçado pelo projeto de reestruturação encomendado pela prefeita Adriane Lopes e que terá que ser analisado pela Câmara Municipal.

Meninos eu vi

O ex-vereador Aurélio Cance Junior (falecido na semana passada) foi durante alguns anos o único representante petista no Legislativo Municipal, num tempo em que o partido ainda estava sendo criado e não contava com a forte influência da estrutura sindical que tomou conta anos depois. Ele acabou saindo da agremiação assim que os sindicatos assumiram o comando, até porque contavam com uma organização muito forte e dinheiro da máquina sindical, que tinha como base o ABC paulista. Tempos depois, ao ser indagado porque perdeu o controle do PT ele comentou.

– Fui atropelado pelos Fuscas do ABC.

Frase

“O PP quer eleger o presidente da Câmara”
Prefeita Adriane Lopes (PP)

 

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