Confira a coluna ‘conectado’

bosco martins
Foto: Acervo Pessoal

Brasília

Além da reforma tributária, o governador Eduardo Riedel (PSDB-MS) confirmou que após o feriadão, segunda-feira (6) já tem agenda em Brasília com os ministros dos Transportes, Renan Calheiros; da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA) e do Planejamento, Simone Tebet (MDB-MS). Na pauta, assuntos em andamento e de interesses de MS como rodovias, com as discussões sobre as BRs 262 e 267, no lado leste do Estado, que dão acesso a São Paulo. Riedel aguarda que a União transfira a gestão delas e, assim, incluindo a MS-40, que sai de Campo Grande, passa por Santa Rita do Pardo e chega à região de Bataguassu, seja feita a concessão dos trechos ao Estado. O governador quer uma resposta do governo federal relativa à definição sobre a transferência ao Estado “para o sim ou para não”, disse.

 

Brasília 1

O governo tem defendido a necessidade de ampliar a infraestrutura rodoviária, para facilitar o trânsito de pessoas e de produtos. Por conta disso está negociando financiamento de R$2 bilhões com o BNDES para pavimentações, incluindo trechos na região do Bolsão e leste do Estado, que conectam cidades focadas na produção agrícola e na cadeia da celulose, acesso entre Terenos e Dois Irmãos do Buriti, a partir da Ponte do Grego. Além dessas verbas, o governo dispõe de R$ 5 bilhões em receita própria, afirmou na entrevista ao “Bom Dia MS”. O Estado tem 8 mil quilômetros de rodovias a serem pavimentadas, explicou.

 

Brasília 2

O governador falou de sua viagem aos EUA e destacou o empenho em posicionar Mato Grosso do Sul no mercado mundial dos produtos derivados da celulose. A região leste passou a receber grandes empreendimentos no setor, já tendo fábricas e recebendo ainda uma unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo e uma da Arauco, em Inocência, entre os principais investimentos privados em curso no país. Ele garante que a tendência mundial é ampliar o consumo de produtos à base de papel, por serem biodegradáveis, substituindo embalagens plásticas, e essa foi a tônica de duas viagens recentes que fez aos Estados Unidos. Os empresários norte-americanos estão interessados na produção desses derivados de celulose.

 

Posse

Tomou posse nesta semana Lindomar Ferreira, o Lindomar Terena, nomeado como coordenador do Dsei-MS (Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul), da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena). Lindomar já inicia seus trabalhos com a responsabilidade de tentar sanar um problema que atinge há anos a Reserva Indígena de Dourados, que tem mais de 25 mil pessoas, o que representa 4% da população indígena que vive em Mato Grosso do Sul, que é a falta d’água. E com o objetivo de atender essas pessoas com acesso à água potável com qualidade garantida, o Governo do Estado de Mato do Sul apresentou ao governo federal projeto piloto de abastecimento de água nas aldeias com investimentos de R$ 34 milhões e que terá respaldo do novo coordenador para sair do papel.

 

Vice

Embora o PT e o presidente Lula já tenham se comprometido com a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo no ano que vem, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) sinalizou apoio à pré-candidata de seu partido, Tabata Amaral. Em discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo, Alckmin disse que a deputada federal representa “a novidade, a verdadeira mudança” e que seu partido pode “mudar a vida da população de São Paulo”.

 

Vice 1

Governador em quatro mandatos e ex-tucano, o vice é uma figura forte na política paulista. Atualmente, Tabata aparece em terceiro lugar em pesquisas eleitorais, atrás de Boulos e do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). Apesar da resistência inicial do PT a Boulos, Lula dobrou o partido e disse que vai participar ativamente da campanha deste. Pelo menos outras três legendas de esquerda – PCdoB, PV e Rede – também confirmaram apoio ao candidato do PSOL.

 

Aproximação

Indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Nunes Marques e André Mendonça já abriram canais de comunicação com integrantes do governo Lula. Um dos principais interlocutores de ambos os magistrados é o advogado-geral da União, Jorge Messias, um dos cotados para assumir a vaga de Rosa Weber no Supremo.

 

Centrão

O apoio do centrão aos projetos do governo ainda não está selado, mesmo completando dois meses da entrada do PP e do Republicanos no primeiro escalão. O grupo, liderado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), segue negociando a cada votação de propostas de interesse do governo no Congresso. A votação sobre a taxação de offshores teve essa negociação nos bastidores. A aprovação da proposta só ocorreu depois que o presidente Lula entregou ao grupo o comando da Caixa. O centrão cobra mais cargos antes de aprovar a pauta prioritária do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Lula, por sua vez, adota uma estratégia de negociações arrastadas e a conta-gotas. Segundo articuladores do presidente, a tática do petista de postergar ao máximo as entregas se dá porque o governo ainda não conta com uma base parlamentar.

 

Decisão

A PGR (Procuradoria-Geral da República) recorreu da decisão do ministro do STF, Dias Toffoli de colocar seu colega, Alexandre de Moraes, como assistente de acusação da agressão que ele mesmo e seu filho teriam sofrido em Roma. A PGR argumenta que, por ser também vítima da suposta agressão, o ministro teria “privilégio incompatível” caso atuasse como acusador, que é função constitucional do Ministério Público. Também foi questionada a negativa por Toffoli de compartilhar com a defesa dos acusados os vídeos de segurança do aeroporto de Roma, onde aconteceu o incidente.

 

 

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