Confira a coluna “Conectado”

Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

Ano 1

Nesta segunda feira (24), acontece o lançamento do primeiro grande evento do governador Eduardo Riedel, o “Ano 1 – De um Novo Ciclo de Desenvolvimento”. Em um movimento similar ao CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), o lançamento da agenda representará um marco do novo governo. Tanto no processo, quanto no conteúdo e com o desafio de sistematizar o desenvolvimento do Estado. Aprofundando o crescimento econômico, distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno, no qual vem ganhando força o objetivo da sustentabilidade ambiental e gerando proposições para fazer avançar o processo. Espelha, portanto, um processo exitoso de aprendizagem para a igualdade política, o debate de ideias e a pactuação, em que serão sugeridas propostas e desafios que, adequadamente enfrentados, devem gerar efeitos multiplicadores sobre o conjunto das atividades econômicas, sociais, políticas e ambientais de MS.

São desafios relacionados aos novos horizontes da educação, o aperfeiçoamento do Estado, a transição para a economia do conhecimento, a garantia do trabalho decente e da proteção social. O papel das infraestruturas e da sustentabilidade ambiental e o padrão emergente de produção, de par com o potencial da agricultura.

O evento “Ano 1 – De um Novo Ciclo de Desenvolvimento”, acontece a partir das 19h, no auditório da UEMS ( Universidade Estadual de MS), localizada na avenida Dom Antônio Barbosa, 4.155, Vila Santo Amaro.

Política

…E após 113 dias, o governador Eduardo Riedel confirmou a primeira mudança de seu governo. Saiu Marco Aurélio Satullo (PP) para dar lugar a Ademar Silva Junior (PP), que deixou o cargo de secretário-adjunto da Secretaria do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). Em seu lugar, entrou o primeiro suplente de deputado federal, o advogado Walter Carneiro Junior, que obteve 39.860 votos nas eleições de 2022. Ao contrário da também primeira mudança do governo Lula, com a queda do ministro do GSI, general Gonçalves Dias e que abriu crise no governo federal, o governador esclareceu que atendeu um pedido da líder maior do PP, senadora Tereza Cristina: “A senadora comentou que estava tendo dificuldades para conciliar as tarefas no Senado com a condução do diretório estadual do PP, justamente por faltar pessoas mais próximas a ela, dentro da sigla”, revelou Riedel, lembrando que o PSDB tem no PP um dos principais aliados, em Mato Grosso do Sul.

Política 1

A saída de Marco Aurélio Santullo (PP) sinaliza a primeira grande movimentação na antecipação do xadrez eleitoral, das eleições de 2024. Primeiro partido a se movimentar, visando o ano que vem e que tem uma aliança de sustentação com o PSDB presidido por Reinaldo Azambuja e ainda envolve o MDB, de Simone Tebet, o PT de Zeca e Vander Loubet, o PL bolsonarista de Costa Neto, e o próprio PP de Tereza Cristina. A senadora demonstra, com o gesto, que quer atuar efetivamente no processo eleitoral. Entre os cenários visados estão algumas prefeituras do interior e os principais colégios eleitorais de MS, incluindo a capital, onde Marco Aurélio Santullo, agora presidente do PP, flutua como um nome a mais no tabuleiro eleitoral da sucessão da prefeita Adriane Lopes (Patriotas).

CPMI

A instalação da Comissão da CPI do 8 de janeiro traz riscos para governo e oposição. A previsão é que a comissão seja instalada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na próxima quarta-feira (26), pois já há assinaturas suficientes de deputados e senadores, para sua realização. Agora, a esperada instalação da CPI, que vinha sendo defendida pela oposição, traz o risco de desviar o foco do Congresso de pautas importantes para o Palácio do Planalto, como a aprovação do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária. Justamente por isso, o governo vinha tentado adiar seu início, mas, após a queda do ministro, há uma percepção de que a comissão será necessária para combater a narrativa de parlamentares bolsonaristas, de que o governo não teria protegido adequadamente o Palácio do Planalto para, supostamente, facilitar a atuação dos invasores.

CPMI 1

“Essa CPI vai engolir as pautas prioritárias e urgentes do governo. Que situação: precisam fazê-la, mas não poderiam fazê-la”, notou a cientista política Beatriz Rey, pesquisadora sênior no Núcleo de Estudos sobre o Congresso da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Por outro lado, o cientista político Antonio Lavareda também vê riscos para a oposição. Na sua visão, é difícil a base bolsonarista conseguir usar a CPI para comprovar sua narrativa, de que os ataques aos Três Poderes não partiram de apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas de infiltrados da esquerda.

Universidades

Antes da viagem a Portugal, o presidente Lula animou os educadores, incluindo o reitor da UFMS, professor Marcelo Augusto Santos Turine, que deve retomar as obras paradas da universidade. O presidente anunciou a liberação de R$ 2,44 bilhões para recomposição orçamentária de universidades e institutos federais. Em evento no Palácio do Planalto, com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, de reitores e estudantes, o governo explicou que 70% desse valor deve ser utilizado para recomposição direta dessas instituições e o restante será destinado a obras e outras despesas abandonadas pelo governo anterior, como o pagamento de bolsas de permanência.

Marco

…E a presidente do STF, ministra Rosa Weber, informou que o julgamento sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas será retomado no dia 7 de junho. O caso retornará à pauta após o pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes. Segundo a interpretação atual, os indígenas têm direito apenas às terras das quais tinham posse em 5 de outubro de 1988, dia em que foi promulgada a Constituição Federal. Por enquanto, apenas o relator, ministro Edson Fachin, votou contra o marco, enquanto Nunes Marques sinalizou a favor.

Por Bosco Martins.

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *