Prédio da PRF, avaliado em R$ 12 milhões, segue abandonado e sem data para início das obras

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Abandonado há mais de três anos, o prédio da sede da PRF/MS (Polícia Federal de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, segue sucateado, sem qualquer indício das obras que deveriam ter sido concluídas, em novembro de 2021. A reforma e ampliação da sede, orçada em mais de R$ 6,4 milhões, deveria ter sido executada pelo Ministério da Segurança Pública, mas nem mesmo foi iniciada.

De acordo com a placa fixada em frente à sede abandonada, o prédio foi desocupado para obras de “Execução de reforma e ampliação da seda da Superintendência da PRF/ MS”, no valor estimado de R$ 6.470.730. A obra deveria iniciar em 5 de novembro de 2019, com previsão de término em 5 de novembro de 2021.

Questionada sobre o projeto e quando ele deverá ser finalizado, a PRF respondeu, em nota, que aguarda o repasse de recursos federais. “A retomada da obra para reforma já foi licitada e aguarda recursos do governo federal para ser reiniciada. Enquanto essas providências estão sendo tomadas, também está em processo a contratação de uma empresa para limpeza do terreno e conserto dos tapumes, de forma a garantir que o espaço não seja ocupado por terceiros”, informou.

Conforme publicação da PRF em suas redes sociais oficiais, do dia 8 de janeiro de 2020, a Superintendência da Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso do Sul deixou de atender na rua Antônio Maria Coelho 3.033 e passou a funcionar e atender a população em novo endereço: na rua Joel Dibo, 238, Centro.

Com uma área de 4.377 m², o prédio da PRF representa uma verdadeira fortuna. Conforme o corretor de imóveis Waldemar Guimarães Barbosa Filho, um imóvel de 360 m², nesta região central da Capital, custa, em média R$ 1 milhão, sendo assim, o prédio abandonado da PRF possui um valor estimado em R$ 12.158.300,00.

No entanto, apesar de se tratar de uma área localizada em um bairro nobre, os moradores da região denunciam que o prédio só tem servido para abrigo de pessoas em situação de rua, dependentes químicos e criminosos. Este é o caso de um comerciante que preferiu não se identificar, mas relatou que seu comércio está sendo afetado pela falta de segurança e queda na credibilidade. “Nunca tivemos problema por aqui, é um bairro nobre, mas esse prédio tem nos causado preocupações. São os bichos, foco de dengue, moradores de rua. Esses tempos, eles invadiram e usaram droga lá dentro.

Meu estabelecimento passou por tentativa de roubo e isso tem tirado nossa paz. Levamos os problemas para as autoridades responsáveis, mas eles vêm, olham como está, tiram um pouco do mato e nunca mais voltam. Queremos solução definitiva, que resolva de verdade”, expôs o comerciante.

 

Por Suelen Morales e Brenda Leitte – Jornal O Estado de MS.

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