Mato Grosso do Sul se classifica entre os municípios mais lucrativos do agronegócio

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Imagem: Reprodução/Governo do Estado de MS

O Estado de Mato Grosso do Sul se destacou com 14 municípios classificados entre os 100 mais ricos voltados para o setor do agronegócio em 2023. A pesquisa realizada pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) por meio da Secretaria de Política Agrícola foi divulgada na última quinta-feira (17). O estudo avaliou aproximadamente 100 dos municípios mais ricos do Brasil no setor agropecuário, utilizando informações da pesquisa anual do IBGE sobre a PAM (Produção Agrícola Municipal).

Segundo a pesquisa, o valor total da produção no ano passado atingiu R$ 814,5 bilhões. Esses 100 municípios que mais se destaca, representam cerca de 31,9% desse montante, totalizando R$ 260 bilhões. Somente a área colhida somou 95,8 milhões de hectares, com esses municípios contribuindo com 34,5% do total, equivalente a 33,1 milhões de hectares.

Os municípios de Mato Grosso do Sul constam na lista dos mais prósperos no setor incluem Maracaju, Ponta Porã, Sidrolândia, Dourados, Rio Brilhante, Costa Rica, São Gabriel do Oeste, Chapadão do Sul, Nova Alvorada do Sul, Naviraí, Caarapó, Laguna Carapã, Aral Moreira e Amambai. O Estado se destaca como o segundo estado com o maior número de representantes no ranking, ficando atrás apenas de Mato Grosso.

O coordenador de agricultura da Semadesc (Secretário da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Fernando Nascimento explica que os municípios selecionados no ranking possuem áreas cultivadas que variam de 150 a 200 mil hectares, com destaque para a produção de soja, milho, sorgo e cana-de-açúcar, plantadas nas safras de verão e outono/inverno.

“A soja, milho, sorgo e cana-de-açúcar são os principais produtos durante a safra verão, outono e inverno. Além disso, contam com produtores que adotam um nível tecnológico elevado na busca de altas produtividades e redução de riscos, com pesados investimentos em manejo da fertilidade dos solos, controle de pragas e doenças, sementes e mudas certificadas e assistência técnica qualificada. Outro fator importante é a disponibilidade de créditos, seja através dos agentes financeiros, quanto de cooperativas agrícolas”.

Para o coordenador, esses municípios são fundamentais para a economia regional e avanço do agronegócio em Mato Grosso do Sul. “Esses Municípios são a locomotiva do setor agrícola estadual, inclusive, em razão dessas ofertas de matérias-primas, terminam por atrair agroindústrias que fortalecem o setor, tais com as indústrias de produção de etanol, açúcar, geração de energia elétrica, etanol de milho e sorgo, proteína animal (frangos, suínos, peixes e carne vermelha) ração animal, entre outras, além das empresas astélites que fornecem apoio a toda essa estrutura”.A empregabilidade é um aspecto crucial dentro da cultura do agronegócio, Fernando Nascimento destaca as oportunidades disponíveis no mercado.“Também geram milhares de empregos diretos e indiretos, em geral com salários médios acima do salário-mínimo, movimentando toda a economia dos municípios e do Estado de MS. Por tudo isso, Mato Grosso do Sul é um dos 5 estados da federação que mais crescem”.

Ainda de acordo com os dados, cerca de 162 municípios estão situados na região Centro-Oeste, 16 na Sudeste, 13 na Nordeste, 5 na Sul e 4 na região Norte. Entre as cidades mais relevantes, Sorriso, em Mato Grosso, lidera com R$ 8,3 bilhões, seguida por São Desidério, na Bahia, com R$ 7,8 bilhões; Sapezal, também em Mato Grosso, com R$ 7,5 bilhões; Campo Novo dos Parecis, em Mato Grosso, com R$ 7,2 bilhões; e Rio Verde, em Goiás, com R$ 6,9 bilhões.

Em relação aos produtos, dentre os 70 disponíveis, os produtos que possuem maior relevância em nível nacional: algodão, arroz, cacau, café, cana-de-açúcar, feijão, laranja, milho, soja, trigo e mandioca, além de algumas frutas como banana, maçã, mamão, manga, melão e uva. Juntos, esses itens representam 90,4% do valor da produção, totalizando R$ 736 bilhões e ocupando uma área de 90,8 milhões de hectares, o que corresponde a 94,8% do total.

 

Por João Buchara

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