Cera de 25 mil famílias ainda precisam cortar comida até das crianças
Mais de 34 mil lares de Mato Grosso do Sul deixaram a situação de insegurança alimentar entre 2023 e 2024, segundo a PNAD Contínua, divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (10). O levantamento mostra que 81,5% dos domicílios do estado têm hoje acesso regular e suficiente à alimentação, um avanço em relação aos 78,3% registrados no ano anterior.
O crescimento de 3,8 pontos percentuais coloca Mato Grosso do Sul entre as unidades da federação com melhores índices do país, ocupando o 6º lugar no ranking nacional. Ainda assim, o estudo revela que 18,5% das residências convivem com algum grau de restrição alimentar, o que corresponde a quase 190 mil domicílios.
A insegurança alimentar leve, quando a família precisa reduzir a qualidade da comida mas não a quantidade, atinge 13,1% dos lares. Já a moderada, em que há corte na quantidade de alimentos, representa 3%. A situação mais grave, quando a falta de comida chega até as crianças, afeta 2,4% dos domicílios, cerca de 25 mil famílias sul-mato-grossenses.
Mesmo com a melhora, os dados mostram que a fome ainda é uma realidade em parte do Estado. No ranking nacional, Mato Grosso do Sul tem a 8ª menor proporção de insegurança alimentar grave, em contraste com Santa Catarina, que apresenta o melhor cenário (1,4%), e o Amapá, o pior (9,3%).
A pesquisa também indica que o avanço no acesso à alimentação acompanha uma tendência nacional: mais de 2 milhões de lares brasileiros saíram da insegurança alimentar em 2024.
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