Edital de R$11,5 milhões marca primeira etapa do programa Rodar MS, com modelo que integra projeto, execução e manutenção das obras
A malha rodoviária do sudeste de Mato Grosso do Sul deve passar por uma reestruturação nos próximos anos. A Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) abriu licitação para contratar a empresa que fará o anteprojeto de engenharia para reabilitação e manutenção de 673,57 quilômetros de rodovias pavimentadas na região. O edital, com valor estimado em R$ 11,5 milhões, prevê julgamento por técnica e preço e será conduzido em formato eletrônico, com abertura das propostas marcada para 12 de dezembro de 2025, às 8h30, no portal E-Kronos.
A concorrência faz parte da primeira fase do programa Rodar MS, uma iniciativa do governo estadual em parceria com o Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), desenvolvida sob as diretrizes do Banco Mundial (Bird). O modelo escolhido para o projeto é o Crema – Design, Build, Maintain (DBM), no qual uma mesma empresa será responsável por todas as etapas — desde a elaboração do projeto até a execução das obras e a manutenção do pavimento por um período determinado.
De acordo com o governo, essa é uma das principais mudanças no formato de gestão da infraestrutura viária. O modelo Crema, amplamente usado em países que contam com apoio de organismos internacionais, busca garantir maior eficiência e durabilidade nas estradas. Com a adição do conceito DBM, o processo passa a integrar planejamento, obra e conservação de forma contínua, permitindo maior controle de qualidade e redução de custos ao longo do tempo.
A secretária de Parcerias Estratégicas, Eliane Detoni, explica que o novo sistema rompe com a lógica de intervenções emergenciais e esporádicas.
“Ao invés de gastar em manutenções emergenciais e recuperações completas, o modelo CREMA-DBM foca na manutenção contínua e preventiva. Estudos mostram que a manutenção no tempo certo reduz o custo de intervenção em uma proporção significativa. A manutenção constante e baseada em desempenho significa que nossas estradas terão qualidade superior e constante. Isso otimiza o uso do dinheiro público e garante a longevidade do investimento”, afirmou.
O secretário de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara de Carvalho, destaca que o formato traz avanços na governança das obras públicas.
“O modelo DBM, adotado conforme padrões do Banco Mundial, representa um avanço na gestão pública. Ele garante mais eficiência, qualidade e transparência, integrando todas as etapas do processo — do projeto à manutenção — e consolidando uma malha rodoviária moderna, segura e sustentável”, disse.
A Agesul pretende usar os resultados dessa contratação como referência para expandir o método para outras regiões do Estado. O objetivo é criar uma estrutura de manutenção rodoviária de longo prazo, com foco em desempenho e sustentabilidade, reduzindo os gastos com reparos emergenciais e elevando o padrão técnico das vias estaduais.
*Com informações da Agência de Notícias de MS
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