As especulações sobre a volta do horário de verão, possivelmente já em novembro, reacenderam o debate nas redes sociais, mas o governo federal não tem planos de reativar a medida neste ano. Suspenso desde 2019, o adiantamento dos relógios em uma hora continua em análise, mas sem decisão para 2025.
Em nota ao portal Metrópoles, o Ministério de Minas e Energia (MME) afirmou que o tema é “permanentemente avaliado”. A pasta informou que novos estudos estão em andamento, levando em conta o pico de consumo de energia, o avanço da geração solar e fotovoltaica e as condições dos reservatórios das hidrelétricas.
Segundo o MME, os reservatórios evoluem “dentro da normalidade” no período seco, garantindo uma situação melhor que a do ano passado para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Em reunião realizada em 10 de setembro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) assegurou que o sistema está preparado para atender a demanda até fevereiro de 2026 sem riscos de desabastecimento.
Entre a população o assunto é polêmico e divide opiniões. A dona de casa Adriana Seibert, não concorda com a volta do horário de verão. Para ela que é mãe de um menino de nove anos, a adaptação com a mudança do horário provoca diversos prejuízos, inclusive para a saúde.
a saúde.
“Faz muito tempo que estamos sem o horário de verão, acho que vamos sofrer um pouco caso ele volte, vamos ter que nos readaptar e, quando a gente está quase se acostumando, voltamos para o horário normal. Sem contar as crianças que também sofrem para acordar. Acho que o melhor seria ter apenas um horário vigente, em definitivo. Nosso organismo agradece”, explicou Adriana.
A fisioterapeuta Priscila Oliveira também acredita que o melhor cenário seria manter um horário unico, porém, diferente de Adriana, ela apoia a volta do horário de verão e gostaria que o horário oficial de Mato Grosso do Sul fosse o mesmo de Brasília.
“Gosto do horário de verão porque pela manhã as temperaturas estão mais amenas, o dia rende mais, e quando saio do trabalho ainda tem claridade natural. Por mim, poderiamos seguir o horário de Brasilia, para sempre”, disse Priscila.
Por que o horário de verão existia?
Criado para reduzir o consumo de energia elétrica no horário de pico — quando a maioria das pessoas retorna para casa e liga aparelhos ao mesmo tempo —, o horário de verão adiantava os relógios em uma hora, permitindo que atividades do início da noite fossem feitas ainda com luz natural.
Antes da suspensão em 2019, a medida valia de outubro a fevereiro em estados como Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.
Apesar do interesse popular, o governo reforça que qualquer eventual retorno dependerá de análises técnicas. “Seguimos monitorando o sistema elétrico, e qualquer decisão futura será baseada em dados”, destacou o MME.
Assim, a população pode se preparar para mais um verão sem a necessidade de adiantar os relógios.
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