O setor de Transporte de Cargas tem mantido a fronteira entre Brasil e Bolívia fechada desde a manhã de hoje (28) em Corumbá, município que fica a 417 quilômetros de Campo Grande, por conta de protestos de caminhoneiros do país vizinho.
Os caminhoneiros alegam que grupos indígenas estariam realizando cobranças ilegais em quatro pontos da rodovia na Bolívia e também furtos de mercadorias desde a segunda- feira (25).
“Os pontos de bloqueio ficam a 15 km, 58 km, 61 km e 100 km de distância da fronteira com Corumbá. Os indígenas estão impedindo que os caminhões com cargas trafeguem e ainda cobram ‘pedágio’ dos caminhoneiros com valores absurdos que variam entre 100 a 350 bolivianos, o que seria em torno de R$ 75 a R$ 260,00. Ontem à noite, eles saquearam um caminhão carregado com cerveja. Pedimos às autoridades que nos deem uma resposta diante desse problema, enquanto não houver, seguiremos com a fronteira fechada, pois não podemos ser prejudicados. Queremos trabalhar”, afirmou Angél Saavedra, dirigente da entidade que representa os caminhoneiros.
Ainda segundo ele, os prejuízos chegam a milhões de dólares, “pois todos os dias são em torno de 300 caminhões que entram e saem da Bolívia”, completou Angél.
Bloqueios Indígenas
O povo indígena Ayoreo tem bloqueado quatro pontos em cidades que ficam às margens da rodovia Bioceânica desde segunda-feira (25), impedindo a passagem de veículos com pneus, pedaços de pau, galhos de árvores e montes de terra.
Segundo Angél Saavedra, os manifestantes não aceitam decisão política.
“Eles fizeram uma eleição e um representante foi eleito por eles, porém, o governo não reconheceu e nomeou outro, o que causou revolta e, desde então, iniciaram os bloqueios na última segunda-feira”, frisou Saavedra.
Com informações de Diário Corumbaense.