“Gerou uma conexão profunda”, diz pai beneficiado com licença estendida Programa Pessoinhas, da MS Florestal, maior tempo dos pais em casa no pós-parto
A licença estendida para os pais ainda é um assunto que tramita em Brasília, mas no Mato Grosso do Sul já tem empresas preocupadas com esse momento tão especial e marcante. Pelo Programa Pessoinhas, os trabalhadores da MS Florestal são um bom exemplo de como passar mais tempo com o bebê recém-chegado é essencial para fortalecimento de vínculos.
O programa, idealizado pela área de Saúde e Bem-Estar da empresa, tem como objetivo humanizar ainda mais essa fase tão importante da vida de seus colaboradores e tornar o acolhimento aos futuros pais em um momento memorável. Para isso, o programa conta com uma série de ações especiais que aproximam o cuidado com a família do dia a dia da empresa.
Como integrante do programa Empresa Cidadã, do Governo Federal, na MS Florestal, a licença maternidade foi estendida para 180 dias e a licença paternidade passou a ser de 20 dias, incentivando as figuras parentais a vivenciarem integralmente o período com a família.
Entre os trabalhadores que conquistaram esse benefício está o Analista de Logística, Rodrigo de Oliveira, pai do Bernardo, nascido no dia 13 de julho deste ano. Pai de primeira viagem, ele conta que as primeiras semanas são um misto de alegrias, descobertas constantes e muito cansaço.
“Os dias têm sido intensos e corridos, mas tudo vale a pena porque tenho nos meus braços o bem mais precioso do mundo. Essa oportunidade de estar ao lado em tempo integral durante esses primeiros 20 dias é indescritível e nos gerou uma conexão profunda e única. Cada choro, sorriso ou movimento do bebê, desperta emoções intensas e um desejo de proteger e cuidar ainda mais”, compartilha.
Sheila Marciotti, coordenadora de Saúde e Bem-Estar da MS Florestal ressalta que cada minuto a mais ao lado do bebê é como um presente, por isso o programa tem um cronograma intenso, com orientações aos pais e práticas de cuidados.
“Na MS Florestal temos como valor que ‘só é bom para nós se for bom para a comunidade’, e isso inclui a humanização de processos e acolhimento das pessoas nesse momento tão especial e transformador, que é a chegada de um filho ou uma filha”, detalha.
A doutora em saúde da criança e especialista em amamentação, Agnes Leria Bizon, destaca que esse acolhimento é um diferencial para a saúde da família durante o puerpério. “Pessoalmente, posso afirmar que é muito gratificante, poder sentir o quanto nosso trabalho, nosso apoio e cuidado, fazem diferença na vida dessas gestantes e mamães recém-nascidas, nesse momento tão especial e desafiador que é a chegada de um filho”, defende Agnes.
Em Brasília – Em julho, a ampliação da licença-paternidade e salário paternidade avançou na CDH (Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa), do Senado. O prazo da licença, que atualmente é de cinco dias, pode ser ampliado gradualmente, chegando a até 75 dias.
Neste projeto, a licença poderá ser parcelada em até dois períodos, por requisição do empregado, sendo que o primeiro período deverá durar no mínimo metade da extensão total do afastamento e ocorrer imediatamente após o nascimento, a adoção ou a obtenção de guarda judicial para fins de adoção da criança ou adolescente.
No caso de nascimento prematuro, a licença-maternidade ou a licença- paternidade terá início a partir do parto e se prorroga por período igual ao de internação hospitalar do bebê. Em caso de ausência materna no registro civil de nascimento da criança e no caso de adoção apenas pelo pai, a licença-paternidade equivalerá à licença-maternidade.
O projeto também altera as Leis 8.212 e 8.213, de 1991, criando o salário-paternidade, com regras análogas às do salário-maternidade. O benefício, que consiste em uma renda mensal de valor igual à remuneração integral do empregado, será pago aos pais pela empresa, que posteriormente será compensada pela previdência. No caso de adotantes, o benefício será pago diretamente pela Previdência Social.
Por Kamila Alcantara
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