Enquanto duas obras estruturantes já contam com emenda parlamentar aprovada e devem ser licitadas em breve, a Prefeitura de Campo Grande ainda avalia onde será construído viaduto com os mesmos recursos da bancada federal. De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli, existem duas possibilidades de locais que estão em análise para receber a obra.
Estudo, elaborado pelo órgão Executivo, aponta a Via Park, na rotatória Av. Professor Luiz Alexandre de Oliveira/ Av.Nely Martins com a Av.Mato Grosso e no macroanel (BR-163) próximo ao clube de campo da Funlec, no bairro Noroeste. Dois pontos propícios a receberem tal estrutura, por ter um fluxo grande de veículos. O titular da pasta da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) explica que a definição dependerá da disponibilidade orçamentária e do impacto para a população.
Miglioli defende como prioridade a obra na Funlec. “Ali estão ocorrendo acidentes com vítimas fatais. Eu, como secretário, entendo que é uma obra urgente. Só que dependemos de orçamento”, afirmou.
No caso da Via Park, Miglioli pondera que apenas o viaduto não solucionaria os problemas de mobilidade. “Para funcionar de fato, teria que resolver o problema de alargamento da Avenida Mato Grosso, pelo menos até a Ceará. É uma intervenção complexa, que exige readequações significativas na malha urbana”, explicou.
Outros dois projetos estratégicos para a mobilidade urbana da capital também já têm recursos assegurados por emenda da bancada federal: a construção do viaduto na rotatória da Coca-Cola e a ligação entre a Avenida Guaicurus e a Avenida Gunter Hans, com a conclusão do prolongamento da Avenida Ernesto Geisel. As obras são consideradas prioritárias pelas gestões municipal e estadual e visam desafogar o trânsito, especialmente na região sul, nos horários de pico.
O congestionamento na rotatória da Coca-Cola chega a gerar filas de veículos que levam até 40 minutos para avançar, situação que afeta diversos setores da sociedade, como o funcionamento do transporte coletivo. Além de ser uma queixa frequente entre os cidadãos campo-grandenses.
Segundo Miglioli, as duas intervenções estão prontas para avançar. “Essas obras estão garantidas, já com recursos assegurados por emenda de bancada. O viaduto da Coca-Cola é extremamente necessário, e o prolongamento da Ernesto Geisel até a Guaicurus vai melhorar muito o acesso àquela região”, destacou o secretário.
Em nota ao jornal O Estado, a Sisep confirmou que a obra do viaduto está em fase de estudo. “A construção do viaduto na rotatória da Avenida Costa e Silva/Gury Marques com a Av. Senador Mendes Canale está em fase de diálogos com a Agesul, pois será viabilizado por meio de parceria com Governo do Estado e bancada federal. Será feito um estudo e definido o projeto para posteriormente ser preparada a licitação. Não há ainda definição de prazo quanto a isso”, esclarece.
Projeto desengavetado, mas ainda sem recurso garantido
Por fim, outro projeto mencionado por Miglioli é o corredor da Avenida Costa e Silva com a Avenida Gury Marques, que foi desengavetado no ano passado e está previsto dentro de um programa de financiamento com recursos da União. Contudo, a obra ainda não tem projeto executivo finalizado, o que impede sua licitação. O valor estimado para a execução gira entre R$1,1 milhão e R$2 milhões.
O secretário explicou que a administração tem adotado uma postura mais criteriosa para evitar problemas técnicos, como os que ocorreram em gestões anteriores. “Aprendemos com obras passadas que não se pode licitar com base apenas em projeto preliminar. Quando chega na fase executiva, aparecem imprevistos que encarecem e atrasam a obra”, observou.
Por Inez Nazira
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