Escultura da divindade fica às margens do rio Paraguai e movimentação será constante durante toda a programação, com a presença rotativa de fiéis
A fé, a tradição e a identidade cultural de Corumbá voltam a ganhar destaque com a realização da Louvação a Iemanjá, uma das manifestações religioso-culturais mais simbólicas da cidade. Conduzida pelas comunidades de terreiro, a celebração reúne devotos e admiradores ao longo do dia na região da Prainha, espaço que já está preparado para receber o público.
Na manhã desta terça-feira (30), foi concluída a instalação da imagem de Iemanjá, que tem cerca de sete metros de altura e se tornou um dos principais símbolos do ritual. O local passou por serviços de limpeza, patrolamento e melhorias básicas para garantir conforto e segurança aos participantes.
Como acontece todos os anos, a movimentação será constante durante toda a programação, com a presença rotativa de fiéis. Para acolher o público, estão previstas tendas, banheiros químicos e reforço na iluminação. A organização do trânsito e da circulação de pessoas ficará a cargo da Agetrat, enquanto equipes de fiscalização acompanham o cumprimento das orientações de segurança.
O apoio logístico foi articulado a partir de pedidos feitos por dirigentes e integrantes de casas de religiões de matriz africana, que buscaram garantir tranquilidade e respeito durante os ritos. A partir dessas solicitações, foram realizados encaminhamentos para viabilizar a estrutura necessária, sem interferir na condução religiosa da celebração.
A imagem instalada na Prainha pertence à escola de samba Mocidade Independente da Nova Corumbá e passou recentemente por um processo completo de restauração. O trabalho foi realizado pelo artista Jamil Canavarro e custeado pela empresária cultural Morocha, reforçando a parceria da escola de samba com a preservação das tradições locais.
Mesmo não sendo uma festividade organizada diretamente pelo poder público, a Louvação a Iemanjá é reconhecida como parte importante da história, da religiosidade e da cultura popular corumbaense. O protagonismo da celebração segue nas mãos das comunidades de terreiro, que mantêm vivos os ritos, a fé e os significados ancestrais. O suporte oferecido busca apenas garantir que o espaço esteja adequado para que essa expressão de devoção e identidade continue sendo celebrada com dignidade e respeito.
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