Um bazar solidário realizado pela Associação Cidade Morena, com produtos apreendidos pela Receita Federal, no bairro Mata do Jacinto, em Campo Grande, ajuda a arrecadar recursos para ampliar o espaço físico da instituição e, assim, atender mais pessoas em situação de vulnerabilidade social.
De acordo com a organização, o bazar deve seguir até o dia 5 de novembro, mas pode terminar antes, dependendo do estoque. Entre os itens à venda estão celulares, perfumes importados, malas de viagem, patins e diversos acessórios, todos com preços abaixo do mercado.
Foto: Roberta Martins
A diretora-presidente da Associação, Marinalva Pereira, conta que a doação dos produtos foi feita pela Receita Federal de Ponta Porã e representa uma oportunidade importante para fortalecer o trabalho desenvolvido na comunidade.
“Esse bazar que nós tivemos a honra de receber da Receita Federal veio no intuito de ajudar a arrumar e aumentar o espaço aqui. Nós damos aulas para mulheres em situação de vulnerabilidade e também para outras pessoas. Temos curso de cuidador de idoso e vários outros, e encaminhamos os alunos para o mercado de trabalho. A renda será usada para ampliar o espaço físico, para que mais pessoas possam ter conforto e atendimento”, explica Marinalva.
A associação atende, em média, 150 pessoas por mês, vindas de diferentes regiões da cidade. Segundo Marinalva, o projeto também pretende criar um ambiente voltado ao acolhimento de pessoas com deficiências ou transtornos mentais, oferecendo atividades, acompanhamento e lazer.
“Queremos ter uma sala para pessoas com necessidades especiais e mentais. A ideia é oferecer um espaço de entretenimento, onde a mãe possa vir com o filho, passar o dia, lanchar, brincar e conversar com profissionais capacitados. É isso que a gente pretende fazer”, completa.
O movimento foi intenso desde as primeiras horas do primeiro dia de bazar, que foi neste sábado (1º). Entre os visitantes e compradores, Marivaldo Cavalcante, que mora próximo à antiga rodoviária, na região central da Capital, foi um dos primeiros a sair satisfeito com as compras. “Fiquei sabendo pela internet. Vim atrás de um celular e consegui comprar o que queria”, contou, com uma sacola cheia de produtos.
Também entre os primeiros da fila estava Ledislaine Castro, moradora do bairro Coronel Antonino, que soube do bazar por um grupo de WhatsApp. “Vim procurar relógio e celular. Cheguei cedo pra aproveitar, mas parece que acabou quase tudo, tá indo rápido, mas tenho esperança de conseguir comprar o que eu quero”, disse.
Por Inez Nazira
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