Alistamento feminino em Campo Grande é três vezes superior ao número de vagas disponíveis

Foto: divulgação/Exército Brasileiro
Foto: divulgação/Exército Brasileiro

No ano em que o alistamento militar foi oficialmente aberto às mulheres nas Forças Armadas do Brasil, Mato Grosso do Sul contabilizou 722 inscrições voluntárias, ocupando a 14ª colocação no ranking nacional.

Campo Grande liderou o número de candidatas no estado. Segundo dados do Comando Militar do Oeste, até março deste ano, 327 mulheres haviam se alistado na Capital. A procura superou em mais de três vezes as 99 vagas disponibilizadas apenas pelo Exército na cidade. A distribuição das 99 vagas são divididas entre a base de administração e apoio (60), o Hospital Militar (12) e o Colégio Militar (27).

Além da capital, outras cidades do estado também registraram grande procura. Corumbá teve 83 inscrições e em Ladário 13 mulheres mostraram interesse, municípios onde a Marinha oferece oportunidades para o serviço militar.

Em todo o país, foram registradas 33.721 inscrições de mulheres para apenas 1.465 vagas nas três Forças, Exército, Marinha e Aeronáutica. A quantidade de alistadas equivale a mais de 23 vezes o número de vagas disponíveis. O estado com maior número de inscrições foi o Rio de Janeiro, com mais de 8 mil mulheres, seguido por São Paulo, Distrito Federal, Amazonas e Pará.

A novidade no processo deste ano é que, pela primeira vez, mulheres puderam se alistar voluntariamente. Até então, o serviço militar é obrigatório apenas para os homens. A inclusão feminina nas Forças ocorre em caráter experimental e segue um cronograma com quatro etapas: seleção geral, seleção complementar, distribuição e incorporação. As candidatas aprovadas deverão se apresentar nas unidades entre 2 e 6 de março ou entre 3 e 7 de agosto de 2026.

Para adequar a estrutura dos quartéis à nova realidade, o Ministério da Defesa investiu R$2 milhões em melhorias como construção de alojamentos e banheiros, aquisição de equipamentos de segurança e instalação de sistemas de reconhecimento facial. A tendência é que a presença feminina nas Forças Armadas aumente gradualmente nos próximos anos. Atualmente, o Brasil conta com cerca de 37 mil mulheres nas Forças, o que representa 10% do efetivo total.

 

Por Inez Nazira

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