A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu o inquérito sobre o acidente com um balão de ar quente que matou oito pessoas e feriu outras 13 em 21 de junho de 2025, no município de Praia Grande, no Sul do Estado. Após quase quatro meses de investigação, a corporação informou que não foram encontrados indícios de crime que expliquem o incêndio ocorrido durante o voo.
O caso foi conduzido pelo delegado Rafael de Chiara, titular da Delegacia de Santa Rosa do Sul, com apoio de unidades da região e de diversos órgãos periciais. Ao todo, mais de 20 pessoas foram ouvidas, incluindo sobreviventes, testemunhas, o piloto, além de representantes do fabricante do balão e do extintor que estava a bordo.
Durante o inquérito, foram realizados laudos periciais especializados, entre eles exames de necrópsia, identificação por arcada dentária e análise de substâncias nas vítimas. Também foi feita perícia em fragmentos de óculos que poderiam conter imagens do acidente, além de avaliações criminalísticas e de engenharia sobre a estrutura do balão e os materiais utilizados.
Segundo o relatório final, o conjunto das provas não comprovou a existência de conduta dolosa (com intenção) ou culposa (por negligência, imprudência ou imperícia) que tenha causado o incêndio em voo.
“Todos os elementos técnicos e depoimentos colhidos foram analisados com rigor. Diante da ausência de indícios de responsabilidade penal, o inquérito foi concluído sem indiciamentos”, informou o delegado Rafael de Chiara.
Tragédia no Sul catarinense
O acidente ocorreu durante um passeio turístico em Praia Grande, região conhecida pelos cânions e voos panorâmicos de balão. A aeronave levava 21 ocupantes, entre passageiros e tripulantes, quando pegou fogo em pleno voo, caindo em uma área rural do município. O impacto e as chamas provocaram a morte de oito pessoas e ferimentos em 13.
Conclusão sem responsabilização criminal
Com o encerramento do inquérito sem indiciamentos, a Polícia Civil considerou impossível atribuir culpa penal a qualquer pessoa física ou jurídica envolvida. O caso agora será encaminhado ao Ministério Público, que poderá arquivar o processo ou solicitar novas diligências.
De acordo com a legislação penal, cabe ao delegado de Polícia avaliar as provas técnicas e decidir sobre o indiciamento ou não de investigados. No caso do acidente em Praia Grande, a conclusão é de que não houve ação humana comprovadamente responsável pela tragédia, classificando o episódio como acidente sem autoria delitiva definida.
Com informações do portal SCC10
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