Ministro Celso Sabino só deixará Turismo após viagem de Lula a Nova York

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), permanecerá no cargo apenas até a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Nova York, onde o petista participará da Assembleia Geral da ONU na próxima semana. Segundo fontes do Planalto, Sabino informou ao presidente que cumprirá agendas consideradas estratégicas antes de deixar o governo.

O ministro se reuniu na tarde desta sexta-feira (19) com Lula no Palácio da Alvorada, em Brasília, para tratar da saída. A demissão já era esperada após a Executiva Nacional do União Brasil aprovar, na quinta-feira (18), uma resolução determinando a saída imediata de todos os filiados da legenda que ocupam cargos no governo federal.

A decisão atinge diretamente o Ministério do Turismo e dezenas de cargos em órgãos da administração direta e indireta. O descumprimento da determinação pode gerar processos disciplinares e até expulsão por “infidelidade partidária”, conforme o estatuto da sigla.

Impacto político

A saída do União Brasil e também do Progressistas (PP) obriga o Palácio do Planalto a reorganizar a Esplanada dos Ministérios. A expectativa é que Lula use o movimento para atrair novos aliados e reforçar sua base de apoio no Congresso Nacional.

Além de Sabino, outro ministro na mira é André Fufuca (PP-MA), titular do Esporte. No caso do PP, a direção nacional concedeu um prazo maior, de 30 dias, para a saída dos filiados, após a decisão da federação formada com o União Brasil de desembarcar da gestão petista.

Contexto sensível

A saída de Sabino ocorre às vésperas da COP 30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em 2025 no Pará, estado do ministro. O evento colocará o Brasil e o Pará no centro das atenções globais.

Repercussão no Congresso

Com o desembarque dos dois partidos, o governo perde espaço político relevante, já que União Brasil e PP possuem bancadas expressivas no Congresso. A movimentação pode dificultar votações de interesse do Planalto e abre espaço para negociações com outros partidos do Centrão e da centro-esquerda, que podem ser contemplados com ministérios e cargos estratégicos em troca de apoio.

 

Com informações do SBT News

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