Ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso na manhã de hoje (22), em uma operação da Polícia Federal que investigava um “gabinete paralelo” dentro do MEC. O caso foi divulgado pelo jornal “O Estado de São Paulo”.
Outros nomes envolvidos na operação e tem mandados em prisão em aberto são os pastores Arlindo Moura e Gilmar Santos. De acordo com as investigações divulgadas pela Folha de São Paulo, um áudio de uma reunião em que Ribeiro afirmou que, a pedido de Bolsonaro, repassava verbas para municípios indicados pelo pastor Gilmar Silva.
Após a revelação do áudio, Ribeiro deixou o comando do Ministério da Educação.
Em vídeo, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que botava “a cara no fogo” por Ribeiro.
Segundo as investigações da PF, o caso envolve suspeitas de corrupção. Os prefeitos denunciaram que havia pedidos de propina em dinheiro e em ouro, em troca de liberação de recursos a municípios. O ex-ministro disse que pediu a apuração dessas audiências à Controladoria-Geral da União.
Investigação de tráfico de influência.
Segundo investigações da TV Globo, a operação nesta manhã foi por conta de uma investigação de prática de tráfico de influência e corrupção na liberdade de verbas no Ministério Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação.
Foram cumpridos cinco mandados de prisão nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. De acordo com a nota Polícia Federal, o tráfico de influência tem pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. São investigados também fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses).
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