O governo brasileiro condenou, nessa quinta-feira (2), a interceptação de embarcações da Flotilha Global Sumud por forças israelenses em águas internacionais. A operação resultou na detenção de dezenas de ativistas, entre eles 15 brasileiros, incluindo a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE).
Em nota oficial, o Itamaraty classificou a ação como “ilegal e arbitrária” e exigiu a libertação imediata dos cidadãos. “O Brasil exorta o governo israelense a liberar imediatamente os cidadãos brasileiros e demais defensores de direitos humanos detidos”, afirmou o comunicado.
Além da parlamentar, estão entre os brasileiros detidos Bruno Sperb Rocha, Lisiane Penca Severo, Magno de Carvalho Costa, Mariana Conti Takahashi, Thiago Ávila e Gabriela Tolotti.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a abordagem israelense representou uma “grave violação ao direito internacional”, em especial à Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que garante a liberdade de navegação.
“Operações de caráter estritamente humanitário devem ser autorizadas e facilitadas por todas as partes em conflito, não podendo ser arbitrariamente obstadas ou consideradas ilícitas”, destacou a chancelaria brasileira.
O Itamaraty também pediu que a comunidade internacional pressione Israel pelo fim do bloqueio à Faixa de Gaza, ao qual chamou de “grave violação ao direito internacional humanitário”.
Pressão diplomática
O governo brasileiro notificou formalmente a chancelaria israelense, tanto pela Embaixada em Tel Aviv quanto pela representação diplomática em Brasília, cobrando que as autoridades locais permitam visitas consulares a todos os detidos.
Em tom firme, o comunicado afirmou que Israel deve ser responsabilizado por “quaisquer atos ilegais e violentos cometidos contra a Flotilha e contra os ativistas pacíficos que dela participam” e garantir a segurança, o bem-estar e a integridade física dos brasileiros enquanto permanecerem sob custódia.
A Flotilha Global Sumud partiu com o objetivo declarado de levar ajuda humanitária a Gaza e denunciar o bloqueio imposto por Israel ao território palestino. Assim como em ocasiões anteriores, embarcações internacionais foram interceptadas antes de chegar ao destino.
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