Após 22 anos, médico denunciado por morte e retirada de órgãos de criança é sentenciado a 21 anos de prisão

Julgamento MPMG
Foto: Reprodução/MPMG

Médico Álvaro Ianhez, acusado de ser um dos autores da morte de Paulo Veronesi Pavesi, foi sentenciado ontem (19), a 21 anos e oito meses de prisão em regime fechado. O caso ocorreu em abril de 2000, em um hospital de Poços de Caldas, Minas Gerais, na época Pavesi tinha 10 anos de idade.

Conforme denúncia do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), Álvaro Ianhez foi um dos médicos responsáveis pela morte da criança por meio de ações e omissões voluntárias.

Durante o julgamento realizado por videoconferência, o médico foi condenado por homicídio, enquanto o crime de remoção de órgãos prescreveu antes mesmo dele ser levado a julgamento. O pai da vítima foi ouvido de Milão, na Itália, e outras testemunhas das cidades de Poços de Caldas, Cruzília, Campinas e Porto Alegre. Já o acusado foi ouvido da cidade de São Paulo.

Caso

Em abril de 2000, Paulo Veronesi Pavesi foi atendido no hospital da Santa Casa de Misericórdia em Belo Horizonte, após sofrer traumatismo craniano decorrente de uma queda. Conforme MPMG, os médicos atuaram com objetivo de antecipar a morte da criança, pois pretendiam utilizar os órgãos em outros pacientes.

O Primeiro Tribunal do Júri de Belo Horizonte, responsável pelo processo, condenou os outros dois médicos envolvidos no caso em janeiro de 2021, a penas de 25 anos de prisão.

Contudo, eles conseguiram habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para aguardar a fase de recurso em liberdade. Outro médico julgado na mesma data foi absolvido.

Na época, Álvaro Ianhez destituiu sua equipe de defensores, o que gerou o desmembramento do processo e o adiamento da sessão de julgamento para 2022.

Com informações do MPMG.

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